Estou de cara com tantas novidades. Se você acha que não pode embelezar a sua pepeca, você ainda está na era mesozoica. Pois é, a nova febre da carioca madura é tonificar os lábios vaginais, mudar a cor das pixiricas e ainda dar uma apertada no canal vaginal através de um ‘boost’ de colágeno.
Já virou hit dos dermatologistas – hoje associados aos ginecologistas – promoverem maravilhas nos países baixos. São ponteiras de laser que promovem um efeito rejuvenescedor neste túnel da vida. Eu, no auge dos meus quase 60 anos, vivo de enxergar vantagens na passagem do tempo. Sou adepta de novidades e fico tentada a perceber virtude no chip da beleza, no uso do canabidiol e nas excelências dos avanços da fisioterapia pélvica.
Hoje não sabemos se a mulherada tem 38, 45, 58 ou 205 anos. ‘Barbies ageless’, com seus braços musculosos e suas coxas torneadas, mesmo ostentando a cabeleira grisalha. É quase um high-low do universo prateado. Avançamos no calendário lunar, mas retrocedemos nas rugas aparentes – e as opções não param por aí.
Tem depilação artística (pode pedir coração, estrela, sorriso). O pompoarismo, antigamente restrito às asiáticas, virou modinha entre a galera de Ipanema e Leblon. Fortalecer a musculatura da dita cuja é o novo hit do verão 50 graus na cidade maravilha da alegria e do caos.
E assim caminhamos com um novo equipamento entre as pernas. E ainda tem político que diz que mulher está “praticamente integrada à sociedade”, e procurador geral da república que comenta que a mulher tem o prazer de “escolher o seu esmalte de unha”. Esqueceram de morrer, pois estão decadentes à vera.