Joanete? Nevoeiro mental? Ronco? Puxado, né? Envelhecer quando ainda não nos despedimos da juventude (tolinha, né?) é estranho. Há pouco tempo eu era sexualmente ativa, dormia 12 horas seguidas e me lembrava de tudo o que vivi. Hoje, sou um frangalho, e não estou fazendo a diva depressão. É fato.
Claro que a outra opção à envelhecer é pior. Mas tem sido bem difícil encarar esse finito. Ou essa despedida em vida. Já não faço mais muitas coisas. Claro que ainda tenho um rol de desejos, mas já começo a me despedir de muitas outras. Não dormir uma noite toda é uma barra e fico com semblante de maracujá seco.
Também tenho estado em pânico com tanta dificuldade do porvir. Fico pensando em seguro funeral. Testamento vital. Também tem a consulta frequente à vara de órgãos e sucessões. As voltas também com planilhas financeiras e um sem número de muletas e bengalas da vida civil.
Estou muito muito assustada, mas agora pisei no acelerador. Quero viver. Intensamente, nem penso mais em isso sim, isso não. Simplesmente vou.
E você? Qual o seu próximo passo?