Homens que transam mal
Pra mim, oferecer aquele sexo de sempre , aquele mesmo lerê na cama, é transar mal
Não, você não leu errado. Eu participo de um grupo fechado, de zap, só com amigas maduras, todas bem resolvidas e uma delas postou uma sugestão de podcast sobre o tema. Amei num grau! Eu venho falando sobre essa neurose masculina da performance sexual.
Na maturidade, pensei eu, esses caras vão desencanar do pau duro e começar a usar – com criatividade – dedos e línguas, falas e mãos, e desviar da neurose da penetração. Converso muito com mulheres prateadas – as balzacas pós 50 anos, e a gente não está mais atrás desse carro na garagem.
Queremos homens mais livres, mais soltos, vulneráveis e, mesmo aos pedaços, inteiros. Me dá sono essa eterna preocupação com o falo, algo blue pill, sem modernidade. E é justamente quando o corpo desaba que a oportunidade de transar diferente aparece. Eu nunca mais fingi orgasmo. Eu nunca mais dei por dar. Eu renuncio a várias violências que me acostumei a normatizar, afinal, fui criada para servir.
Hoje vivo para desconstruir e uma das minhas fantasias é estar – intimamente – como esse homem estragado. Porque pra mim, oferecer aquele sexo de sempre , aquele mesmo lerê na cama, é transar mal. É repetição pura. É mecânico. E quero deixar ir o modus operandi de outrora. Quase ouço em uníssono, um brado retumbante vindo da mulherada mais velha : homens, nos surpreendam na cama!