Muitas vezes, quando conhecemos pessoalmente uma figura pública, nos surpreendemos com possíveis diferenças entre o indivíduo e a persona. Luiza Helena Trajano é uma exceção à regra. Já tive o privilégio de trabalhar com ela e garanto a vocês que Luiza é no convívio diário tal e qual a vemos em suas aparições públicas, seja em palestras, em eventos, seja na TV. Um dínamo. Intensa, passional, sem meias palavras e extremamente generosa, independentemente de quem for seu interlocutor.
São vários os motivos pelos quais ela estampa a capa desta edição, a última de um ano inesquecível para todas nós. Poderia ser pelo fato de ter se tornado a mulher mais rica do país, mas não. É pela contribuição que ela deu a nossa sociedade em 2020, apoiando e lançando em sua empresa um programa de trainees apenas para jovens negros, dando visibilidade à cruel situação enfrentada na pandemia por micro e pequenos empresários e oferecendo a eles parcerias, entre outras atitudes admiráveis. No perfil “Furacão Luiza”, escrito por Ana Carolina Pinheiro, você vai conhecer um pouco mais sobre essa mulher, que é carinhosa no cuidado com os amigos, tem relação próxima com os filhos, perdeu em 2009 o grande companheiro e mantém um hobby delicioso e surpreendente.
Luiza não é a única mulher retratada em CLAUDIA deste mês que trabalhou incansavelmente por um país melhor neste ano em que vivenciamos tanta dor, sofrimento e luto. Na reportagem “Mutirão feminino”, temos o orgulho de mostrar mais algumas. Elas nos dão um caminho. O que queremos levar de 2020 é a resiliência de Fátima, a professora de uma escola rural que improvisou mesas em frente à casa de seus alunos para que eles não ficassem sem estudar; a força de Juliana, protegendo os animais no Pantanal; a generosidade de Alzira, auxiliando a distribuir cestas básicas no Amapá; a potência de Érika ao lançar um movimento pela igualdade de salários entre homens e mulheres no esporte; e a dedicação de Eliane aos pacientes com Covid-19. Entraremos em 2021 com essas inspirações.
Obrigada a todas por tudo.
Feliz ano novo,
Guta