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A diversidade nas estruturas familiares

Paula Frison fala sobre a pluralidade nas composições das famílias

Por Paula Frison
Atualizado em 3 jul 2024, 18h46 - Publicado em 3 jul 2024, 18h42
Paula Frison, Camila Krauss e o filho Benjamin
Paula Frison, Camila Krauss e o filho Benjamin (Amanda Plati/Reprodução)
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Que o mundo é plural e diverso as pessoas já sabem. Mas será que as pessoas se preocupam em compreender e se conectar com a diversidade, em se despir dos preconceitos e compreender o que de fato envolve a pluralidade do mundo?

No universo das famílias, nos deparamos com as inúmeras possibilidades para sermos. Tem as famílias “mais conhecidas” compostas por mãe, pai e filhos, as mães solo e suas crias, pais solos, crianças que moram com avós e titias ou titios.

Até aqui é um universo que conhecemos bem, não é mesmo? Mas e as demais famílias? As compostas por duas mães ou dois pais, famílias formadas por mãe e/ou pai transsexual. Quantas você conhece?

A minha família é composta por duas mães, nosso filho Benjamin e a nossa cachorrinha Skye. Talvez a nossa configuração seja diferente da sua, mas uma coisa é certa:temos muito em comum!

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Por aqui também temos boletos, inúmeras alegrias e dificuldades que enfrentamos pelo caminho, o cansaço, o trabalho, a dedicação e, claro, o amor!

Mas é importante dizer que, apesar de tantos aspectos iguais, ainda nos deparamos com algumas diferenças que nos desafiam diariamente e é sobre uma delas que eu gostaria de conversar com vocês.

Se você tem uma criança pequena por perto,certamente está rodeada de livrinhos infantis, assiste alguns desenhos e escuta músicas, certo?

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Agora pense: quantos desses falam sobre diversidade? Quantos mostram a pluralidade da nossa sociedade? Talvez você nunca tenha parado para reparar nisso, mas, depois de observar e refletir, eu imagino que sua resposta seja que existe muito pouco ou quase nada.

Essa barreira ainda nos atravessa diariamente. Temos poucos conteúdos em livros, quase nada em desenhos e são raras as músicas que falam sobre essa temática.

Vale refletirmos sobre a grande resistência da nossa sociedade em querer ter contato com o assunto, falar, ver, escutar e se conectar com esse tema. Seja por falta de conhecimento ou preconceito, a verdade é que nosso país ainda é muito resistente à diversidade.

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Pensando que vivemos em um mundo que está em constante movimento e evolução, esperamos que as coisas melhorem cada vez mais.

Como essa é uma reflexão diária em minha vida, eu não poderia apenas me indignar com essa falta de representatividade, especialmente depois da chegada do Benjamin. Foi a partir daí que o incômodo se tornou mais latente em mim e o desejo de ser parte da mudança que eu espero ver no mundo me impulsionou a fazer algo.

E desse desejo nasceu o meu primeiro livro infantil Onde mora o amor? – um sonho de vida, enfim, realizado.

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Neste livro as diversas configurações familiares aparecem ao longo da jornada do pequeno Benjamin, mostrando onde e como ele encontra o amor. Exemplos como: as duas mamães, o dindo e as dindas, a mamãe e o papai da priminha e os amigos da escola surgem ao longo desta doce jornada. As diversas configurações familiares aparecem não como protagonistas da história, mas sim como consequência de onde ele encontra o amor.

Com esse roteiro, o meu maior desejo é que ele fure a bolha da comunidade LGBTQIAPN+ e chegue ao lar de todas as pessoas e famílias, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero, já que os poucos livros existentes sobre as diversas configurações familiares ficam nichados para a nossa comunidade e, dificilmente, uma família heteronormativa consome esse conteúdo.

Meu desejo é que este tema se torne cada vez mais natural e que as pessoas fiquem mais à vontade para falar com os seus filhos sobre todas as possíveis configurações familiares, o que contribuirá efetivamente para um mundo menos homofóbico.  

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Este é o meu presente de vida para o Benjamin e para tantas outras crianças que buscam se ver representadas nos livros também.

Que seja o primeiro de muitos!

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