Minha guru, a escritora e antropóloga Mirian Goldenberg, não se cansa de dizer que a velhice pode ser bela – aliás, ela acaba de lançar “A Invenção de uma Bela Velhice”, versão revista e ampliada do best-seller “A Bela Velhice”, uma verdadeira ode ao envelhecimento saudável. Pois se alguém ainda não acredita no que ela prova com muita pesquisa, trago verdades e provas aqui nesta coluna, toda sexta-feira.
Tento privilegiar personagens brasileiros, pois nós ainda precisamos, e muito, combater a velhofobia e jogar luz sobre nossos velhos. Mas não resisti a essa dupla que acabo de conhecer, via o site Bored Panda: Britt Kanja e Günther Krabbenhöft.
Eu cairia no mesmo equívoco de sempre se dissesse que eles nem parecem ter as idades que têm (ela, 70, e ele, 76), mas prefiro acreditar que sua aparência é a que muitos de nós gostaríamos de ter quando chegarmos lá, e que, claro, eles envelheceram como os bons vinhos.
Segundo o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, o casal que vive em Kreuzber, Berlim, tem um networking afetivo poderoso e uma agenda agitada de eventos sociais, onde sempre viram o centro das atenções por seus looks e pela forma leve e descontraída como dançam.
Embora Britt seja uma dançarina profissional, Günther, que ganhou o apelido de Vovô Hipster e virou celebridade em seu país, foi chef de cozinha durante anos, e só bem mais tarde começou a dançar, acompanhando a esposa. Inclusive ele credita sua boa saúde à dança.
Para quem está se perguntando sobre os looks, sua relação com a moda é natural. Eles não parecem se esforçar nadinha para serem como são. Segundo Günther, é só uma questão de harmonia do que está dentro com o que está fora. Estilo, sabe como?