Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Roberta D'Albuquerque

Por Maternidade Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Roberta D'Albuquerque é psicanalista e autora do livro Quem manda aqui sou eu - Verdades inconfessáveis sobre a maternidade
Continua após publicidade

Ouvir crescer

Longe dos olhos, as crianças mudam mesmo rápido demais. Dos nossos filhos, com os quais acordamos e dormimos todos os dias, é mais difícil ver o ‘crescer’.

Por Roberta D'Albuquerque
Atualizado em 21 Maio 2018, 19h06 - Publicado em 21 Maio 2018, 19h06
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Reencontrei amigos que já não via há alguns anos e repeti inúmeras vezes sobre seus filhos: Como estão grandes! Como cresceram! De meu lado, ouvi os mesmos comentários sobre minhas meninas que me acompanhavam.

    Longe dos olhos, as crianças mudam mesmo rápido demais. Dos nossos filhos, com os quais acordamos e dormimos todos os dias, é mais difícil ver o ‘crescer’. Percebe-se, é claro, quando alguma marca é atingida, quando riscamos a altura na parede, quando revemos as fotografias, quando no primeiro dia frio do ano não há nenhum casaco que caiba.

    Essa semana, com esse assunto em mente, tive a impressão de que ouvi a Sofia, minha filha mais nova, mudar. Ouvi Sofia crescer. Aconteceu assim: nós tomávamos café da manhã no sábado, um desses cafés que se arrastam até quase a hora do almoço. Ela levantou-se e sentou-se ao piano, tocou uma, duas, três músicas. Cantou enquanto tocava, encheu a sala com o volume das teclas. Soava segura, divertia-se, passava páginas de partitura.

    Entre ela e eu, uma habilidade, um fazer que não pertence a nós. É só dela. Entre ela e eu, uma música apresentada a nossa casa via sua caixinha de som. Melodia que não é nossa, é só dela. Entre ela e eu, símbolos (notas, escalas) que não sei ler, um idioma que não compartilhamos, que é só dela. Entre ela e eu, uma extroversão, um ocupar sem reservas seu lugar no mundo, um volume alto na voz, uma cabeça que sacode sem medo de tontura, um rodopiar pela sala quando a música termina, um pedido sincero e merecido de aplauso que é tão… tão dela.

    Um viva a Sofia que é outra música. Que é grande. Como cresceu!

     

     

    Publicidade

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

    Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
    digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

    a partir de 10,99/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.