No começo desta semana fui ao evento de lançamento da linha de xampus e condicionadores OGX, da Johnson & Johnson, em São Paulo. Eles trouxeram ao Brasil, por enquanto, cinco linhas capilares que começam a ser vendidas neste mês. Lá, encontrei a engenheira química e cosmetóloga Sonia Corazza, que entende tudo sobre o assunto.
Durante o nosso bate papo perguntei a ela sobre as tais receitas caseiras, que geram muita polêmica. E ela me explicou que, tirando algumas exceções mais inofensivas (como pepino nos olhos, camomila no cabelo…) o ideal é não utilizar ingredientes culinários para cuidar da beleza. E ela explica o motivo:
“Por mais que sejam de origem natural e com ingredientes vegetais, utiliza-los no couro cabeludo ou na pele pode acarretar em alergias e hipersensibilidade cutânea. Como não foram feitos para uso cosmético, podem propiciar a proliferação de bactérias e microorganismos patogênicos, que causam doenças infecciosas”.
Ela argumentou, ainda, que com tantas opções (de todas as faixa de preço) feitas exclusivamente para uso cosmético – com formulações estudadas para o contato com a pele, cabelo e de acordo com os requisitos necessários para a segurança dermatológica – não há motivos para usar o que não possui essa finalidade.
Faz todo sentido, em minha opinião. E apesar de superestudiosa, Sonia não é nada radical. Ela concorda que não há nada de mal em hidratar os fios com água de coco, direto da fruta, por exemplo. Mas de modo geral (principalmente em se tratando de óleos e outras misturas como esfoliantes, que podem irritar a pele ou acumular bactérias, sua recomendação é clara: partir para as prateleiras.