Alô, Bolsonaro e Haddad: tenho uma sugestão para vocês. Sei que vocês estão envolvidos, junto com suas equipes, na elaboração dos programas para o governo. Eu imagino que esta reta final de eleição não seja fácil – para nós, eleitores, também não está nada simples. Então resolvi trazer aqui uma contribuição que pode ajudar.
A preocupação dos seus assessores econômicos é de mostrar como podem fazer um ajuste fiscal sem fazer a população sofrer tanto. A reforma da Previdência e privatização de empresas estatais estão sendo discutidas. Mas eu tenho um jeito simples de promover o crescimento econômico e, assim, aumentar a arrecadação do governo, antes mesmo de rediscutir as alíquotas do IR.
Agora tenho a atenção de vocês, certo?
A resposta é simples: promover e regulamentar a igualdade salarial. Segundo uma estimativa recente da Organização Mundial do Trabalho (OIT), o PIB mundial cresceria 26% se homens e mulheres recebessem o mesmo salário. No Brasil, a equiparação faria o PIB crescer 3,3%, o que equivale a R$ 382 bilhões, segundo estudo da FGV.
De acordo com o IBGE, a diferença salarial entre homens e mulheres é, em media, de 28% – mas chega a quase 35% quando falamos de mulheres com nível superior completo. Quanto mais estudamos, maior é a diferença dos nossos contracheques.
Pensem aqui comigo: com a equiparação salarial, as famílias brasileiras enriquecem e o consumo aumenta. Empregos seriam gerados, a economia conseguiria acelerar e o governo não precisaria por a mão no bolso. Todo mundo ganha, certo?
Por isso, pensem com carinho na minha sugestão. Uma medida simples faria muito no sentido de promover a igualdade de gêneros no País e todos sairiam ganhando.
Anotaram?
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