Eu já perdi a conta de quantos livros sobre mudanças de hábitos li ao longo da vida tentando me tornar uma mulher plena. Experimentei uma série de metodologias para tentar colocar em ordem a tal lista de resoluções de Ano Novo. Na maior parte das vezes, acabei frustrada.
O processo de terapia me mostrou que a razão das tentativas falhas não tinha a ver com a ausência da tática ideal – que, diga-se de passagem, eram pautadas em estudos sérios. A questão era relacionada à quantidade de tarefas que me colocava e qual lugar sobrava pra mim.
É preciso ter certa mania de herói para acreditar que é possível transformar todos os pontos incômodos de uma vez e ainda dar conta de ser bem-sucedida no trabalho, proporcionar tempo de qualidade para o namoro, criar um filho e escrever uma dissertação de mestrado. Não que eu estivesse com todas essas missões, mas vocês entenderam. É impossível. A vida simplesmente acontece no meio do caminho.
Se tem algo que compreendi depois de tantas páginas é que é recomendável focar em uma grande transformação por vez, porque elas são difíceis, exigem logística, autodisciplina e uma vigilância constante para não voltar à rotina antiga. Não importa o método escolhido.
Quando me dei conta disso, minhas listas diminuíram drasticamente e a frustração também. Movi um peso enorme que colocava em cima de várias pequenas culpas por não conseguir cumpri-las e exterminei o sentimento de fracasso, porque, mesmo quando escorrego na missão, tenho em mim a certeza de que em processos intensos cabem dias ruins.
Eu sei que o discurso do #nopainnogain tenta dizer o contrário, mas a gente não precisa fazer reeducação alimentar, tentar parar de fumar e virar maratonista num mesmo ano. Também não será tarde demais quando e se você decidir fazê-lo.
No ótimo livro Correr (Companhia das Letras), Drauzio Varella conta que começou a praticar o esporte aos 50. Hoje, aos 77, já rodou o mundo em provas de 42 quilômetros. No mais, o único compromisso que não pode deixar de estar presente nas nossas obrigações pessoais é aquele de olhar com gentileza para quem somos. Em tempos tão difíceis, fazer o que dá já é muita coisa.”
NA MINHA LISTA
A minha resolução da vez é manter o meu bem-estar como prioridade. A partir disso, tenho dois compromissos. O retorno para os exercícios e a atenção ao momento de dormir. Recebi uma indicação do livro Mude Seus Horários, Mude Sua Vida (Sextante), escrito pelo médico indiano Suhas Kshirsagar, que mistura conceitos da ayurveda com dados da ciência moderna para falar sobre as repercussões do relógio biológico na nossa qualidade de vida. Já entrou para a minha lista.
1) Pillow mist, Abrigo de Serenidade, de L’Occitane en Provence
2) Mude Seus Horários, Mude Sua Vida (Sextante)
3) Chá Ritual do sono, da Talchá
Também reforcei o time da higiene do sono. Sinto que durmo melhor sem celular, depois de um chá apreciado em goles lentos – recomendo o Ritual do sono, da Talchá. Gosto ainda de sprays de lençol para deixar a cama mais aconchegante, como o pillow mist relaxante Abrigo de Serenidade, de L’Occitane en Provence.
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