Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Autoconhecimento

Por MASUMI SUGINOSHITA Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Venha aprender mais sobre si mesma com os textos e reflexões da astróloga e terapeuta integrativa Masumi Suginoshita

Como o egoísmo excessivo mais nos atrapalha do que ajuda

Da próxima vez que você se perceber meio egoísta, que tal arregaçar as suas mangas e acolher os seus medos?

Por Ligia Helena
Atualizado em 17 jan 2020, 09h58 - Publicado em 13 set 2018, 17h29
 (Ile Machado/MdeMulher)
Continua após publicidade

Antes de mais nada, vamos começar pela definição da palavra egoísmo, de acordo com o dicionário Michaelis:

1. Atitude daquele que busca o próprio interesse, acima dos interesses dos demais.
2. Conjunto de propensões ou instintos adaptados à conservação dos indivíduos.
3. Doutrina que converte o interesse individual em princípio diretor de conduta.
4. Opinião excessivamente lisonjeira sobre si mesmo; pedantismo, presunção, vaidade.

Como se pode ver, a palavra egoísmo tem várias conotações. Muitas delas podem causar uma certa rejeição ou repulsa, e isso é totalmente compreensível, ok? Afinal, vivemos numa sociedade onde experimentamos extremos da manifestação desse comportamento. Vou dar uns exemplos simples do dia a dia pra você entrar no clima:

– Fulano é tão egoísta, nem ofereceu a pipoca que estava comendo. (disse a taurina)
– Affe, nem pensou nos meus sentimentos, simplesmente fez o que quis. (disse a canceriana magoada)
– Mentiu pra todo mundo só pra conseguir aquele aumento. (disse a escorpiana ligeira)

Saiba que toda palavra tem a sua definição, mas que o peso dela varia de acordo com o nosso julgamento. As coisas podem tanto fazer bem quanto mal, dependendo do contexto. Só pra exemplificar de forma bem simples:

– Você está toda queimada de sol e aquela pessoa que você não vê há anos vem te dar AQUELE abraço cheio de amor: extremamente desagradável.
– Uma coxinha super quente queimando a sua lingua.
– Coçar o olho com um dedo sujo de molho de pimenta.

Continua após a publicidade

Amigo sem noção. Maldito salgado. Pimenta traiçoeira. Não, espera… quem é a maldosa aqui? A pimenta ou a coceira? Ou seria o dedo?

O que quero dizer é que considerar apenas uma parte da história é o que torna algo “positivo” ou “negativo”, e o egoísmo não foge disso. Pois o problema da condenação é que quanto mais nós nos afastarmos de algo que repudiamos, menos aprenderemos a lidar com o desafio, e mais aquilo poderá nos afetar. Portanto, se quiser continuar essa leitura, terá de abrir a sua mente!

Vamos separar essa palavra por partes. O ego forma a nossa identidade, e nos avisa quando algo representa um perigo, uma ameaça à nossa existência. O sufixo “-ismo” está ligado a um conjunto de ideias, uma tendência, uma corrente. Ou seja, egoísmo seria um conjunto de ideias ligadas a nossa sobrevivência. Não parece algo tão ruim, né?

O ego é um personagem que a gente desenvolve, pelo qual a gente encaixa a tradução a da nossa essência no mundo para que possamos sobreviver. O problema começa quando a gente realmente começa a acreditar que somos essa identidade e não nos desapegamos nem a pau, reagindo a qualquer coisa que ameace essas definições.

Continua após a publicidade

Nós não somos as nossas profissões, a nossa imagem, os nossos relacionamentos ou as nossas crenças. Mesmo assim, nos seguramos à essas coisas com unhas e dentes, para termos algum significado no mundo (EITA!)

Protegemos essas coisas como se nós não existíssemos sem elas. As referências que usamos para sinalizar o perigo são baseadas nas nossas referências do passado: nossos medos e frustrações.

Vamos passar de “Quem preciso ser para pagar as minhas contas?” para “Como me dar as condições de viver a minha verdade?”?

Ao focarmos na construção de viver o que a nossa alma quer expressar, a motivação passa a ser o amor próprio, e aí sim, conseguimos priorizar coisas mais sustentáveis em nossas vidas. Em vez de reagirmos ao medo, passamos a ter coragem de fazer o que traz realização. Essa é a diferença entre ser egoísta no modo prejudicial e no modo “benéfico”.

É extremamente saudável se colocar em primeiro lugar. Mas o que exatamente você está colocando em primeiro lugar? Seria você, mesmo? Ou seriam os seus medos e apegos? A sua realização, ou as soluções de curto prazo? Seus sonhos, ou aquilo que você acha que te fará ser bem vista?

Continua após a publicidade

Desenvolver o amor-próprio faz com que as nossas prioridades e escolhas estejam vinculadas a um propósito maior, o que faz com que tenhamos ânimo para buscar soluções e não fiquemos presas aos nossos medos.

Porque estou citando tanto o medo? Pois o ego se baseia em ilusões, pensamentos, e não na realidade. São apenas registros. O ego vai coletando informações ao longo da vida, e discrimina aquelas coisas que representam um perigo. O egoísmo seria justamente tomar decisões baseadas nessas ameaças.

Esse comportamento não é algo fixo, tá? Pois conforme você vai ganhando experiência, você percebe que muitas coisas não te assustam mais, ou seja, as reações egoístas tendem a diminuir. (Compartilhar deixa de ser um problema, por exemplo.)

Uma pessoa que toma muitas decisões egoístas está enxergando o mundo como uma grande ameaça, e não consegue captar possibilidades de resoluções mais prósperas. Muitas vezes ela enxerga apenas um único caminho a ser tomado, e consequentemente consegue apenas focar nesse – e ai de quem contrariar! Quando usamos a nossa criatividade para resolver os nossos problemas em vez de reagir contra eles, percebemos que sempre existe um meio de conquistar bons resultados sem precisar prejudicar, atropelar ou negligenciar ninguém.

Continua após a publicidade

– Vamos eliminar esse ego, então?

Não vejo a eliminação do ego como uma solução para os problemas. O caminho é fazer amizade com ele, não deixando que ele domine o seu discernimento. Isso é o que diferencia o ato de amor-próprio da reatividade egoísta. O ego serve apenas como um alerta. Usar a consciência e o coração é o que faz a diferença na hora de escolher uma atitude.

A arte de escolher a dose certa dessa referência natural do ser humano, o ego, é o que diferencia o veneno do remédio.

Seu ego te alerta, e isso é bom. Um exemplo prático é aquele pânico que dá quando você precisa de mais dinheiro. Se você se identificar com o problema e se cegar pelo medo, você entrará no modo reativo, e é aí que entra o egoísmo danoso. Você se sente vítima da situação, tira o foco da realidade do presente, da construção a longo prazo, e assim, não toma decisões que trarão soluções reais.

No extremo, seria o caso de roubar ao invés de gerar a sua própria riqueza. Quando o egoísmo toma conta das nossas decisões, ele acaba, portanto, mais nos prejudicando do que nos auxiliando, nos fazendo permanecer vítimas das situações.

Um exemplo de ato de amor-próprio seria observar esse aviso (o pânico da falta de grana) e encontrar formas sustentáveis de aumentar a sua fonte de renda, procurar equilibrar os seus gastos e aprender a lidar com as oscilações emocionais por meio de uma terapia ou meditação. Esse é um caminho de empoderamento. Empoderadas, podemos viver o altruísmo. Ou seja, pensar e cuidar de si é o caminho pra empatia (vulgo, oposto do egoísmo).

O egoísmo é fruto da crença das nossas próprias limitações. Da próxima vez que você se perceber meio egoísta, que tal arregaçar as suas mangas e acolher os seus medos?

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.