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As criações dessas designers vão transformar a decoração da sua casa

Selecionadas por Giulia Fagundes, essas profissionais criativas estão unidas pela vontade de fazer a diferença e pela paixão por criar

Por Marina Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 nov 2020, 10h00
Decoração - Designers Negras
Bartira Lobo, Mariana Rodrigues, Fernanda Tosta e Monique Santos - (Fotos: Bartira Lobo, Jéssica Mendes; Mariana Rodrigues, Pamela Anastácio; Monique Santos, Victor Vieira; Giulia Fagundes e Fernanda Tosta, acervo pessoal/CLAUDIA)
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Giulia Fagundes coleciona títulos na área do design. Nomeada Young Talent 2020 pelo Latin American Design Festival, a paulistana de 23 anos, sócia do @estudiodao, ainda é diretora de comunicação da Designers Negres no Brasil, iniciativa que fortalece a comunidade criativa negra.

Decoração - Designers Negras
(Arquivo pessoal/CLAUDIA)

“A plataforma é uma alternativa para quem diz que não encontra profissionais negros para algumas vagas. Nós existimos, basta nos dar espaço”, defende. A convite de CLAUDIA, Giulia selecionou designers de diversas áreas – do tecido à marcenaria – unidas pela vontade de fazer a diferença e pela paixão por criar.

TECENDO SONHOS

Decoração - Designers Negras
(Jéssica Mendes/CLAUDIA)

As cores vibrantes das criações de Bartira Lobo evidenciam sua inspiração nos tons da natureza, como os do pôr do sol. A designer baiana iniciou na área têxtil trabalhando com estampas em uma fábrica de camisetas. Em 2014, estudou pelo programa Ciência sem Fronteiras na Savannah College of Art and Design, nos Estados Unidos, onde aprendeu tecelagem e se apaixonou por essa arte.

Dois anos depois, fundou com a mãe, Célia, a Belatrama (@belatrama), marca de peças para a casa, como a aconchegante manta ao lado. “Os desafios surgem quando você não encontra oportunidades e então tem que criá-las. Ainda acho que falta uma expressão afrobrasileira na moda e na estamparia.”

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Decoração - Designers Negras
As peças de Bartira Lobo são produzidas em tear. “As linhas horizontais se cruzam com o urdume, como chamamos as verticais. O tecido é o resultado do entrelaçamento desses fios”, explica a designer, que leva pelo menos três dias para tecer uma manta de 2 metros de comprimento – (Diogo Andrade/CLAUDIA)

CONFORTO QUE CONECTA

Decoração - Designers Negras
(Victor Vieira/CLAUDIA)

Durante uma viagem à França, a carioca Monique Santos ficou deslumbrada com a beleza dos tecidos encontrados no bairro africano Château Rouge. Foi quando começou a história da Ayo Moda Casa e Design (@ayomodacasa). A marca, cujo nome significa alegria na língua iorubá, surgiu em 2018 e reflete a aura radiante da criadora.

“Nasceu da necessidade de desenvolver produtos que falem de ancestralidade e ofereçam conforto, afeto e cor”, explica. O pufe, fabricado com tecido bogolan, e a cúpula, de wax print, fazem parte da coleção Terra, que aborda as conexões com as raízes.

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Decoração - Designers Negras
(Carlos Bessa/CLAUDIA)

 

REFLEXÕES

Decoração - Designers Negras
(Pamela Anastácio/CLAUDIA)

No começo da carreira, a paulista Mariana Rodrigues centrou seus esforços no design digital porque não achou que seria possível sobreviver como artista – não havia nenhuma referência próxima a ela. Mais tarde, se reconectou com a pintura e encontrou o estilo abstrato.

“Comecei a explorar misturando tintas e colagens às artes digitais. Depois, transitei por outros materiais”, conta. A tela Eu Sou um Ser Espiritual Vivendo uma Experiência na Matéria foi apresentada em uma exposição no ano passado e, segundo a artista, faz uma reflexão sobre a existência. Há mais peças disponíveis na plataforma Piscina (@piscina.art), que destaca o trabalho de mulheres.

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Designers Negras
(Carlos Bessa/CLAUDIA)

LONGE DO BÁSICO

Decoração - Designers Negras
(Arquivo pessoal/CLAUDIA)

Com formato irregular, o nicho da goiana Fernanda Tosta foi desenhado para causar estranhamento. As peças da Oficina Oito (@oficinaoito_), sua marcenaria em São Paulo, não se limitam ao aspecto prático, espelhando as tantas vivências da carreira da designer.

“Meu primeiro estágio foi em um escritório que desenvolvia projetos de acessibilidade e acessórios para pessoas com mobilidade reduzida ou cegueira. Essa experiência mudou minha forma de entender o mundo”, lembra. O período foi tão impactante que Fernanda criou um curso de marcenaria voltado para surdos e pessoas em situação de vulnerabilidade.

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Decoração - Designers Negras
(Carlos Bessa/CLAUDIA)

Estou com câncer de mama. E agora?

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