A história vivida pela mineira Paula Brugnoli Ribeiro durante a infância e a juventude na casa da mãe está viva de novo, impressa na decoração de seu novo lar. E quem diria que móveis tão antigos e datados encontrariam espaço em um projeto tão moderno e minimalista? Pois sempre há lugar para uma decoração carregada de afeto.
“É a junção da minha vida atual com a antiga. Uma nova etapa de vida com a sensação de aconchego que eu tinha na casa dos meus pais. É poder ter a imagem deles ao meu lado, um pedacinho da minha mãe comigo até hoje”, se emociona a moradora.
As responsáveis pelo sucesso do projeto são as arquitetas Natália Batista Botelho e Paola Moura Corteletti, do Botti. “A arquitetura moderna faz um belo contraste com o antigo, pois tira o peso das peças de madeira, resultando em ambientes muito aconchegantes”, diz Nathália.
A peça mais tocante para Paula é o oratório. “O seio da minha casa tinha esse oratório. Ele ficava num hall, de onde partiam todos os cômodos, então a gente circulava muito por ele. E há também uma questão espiritual, porque minha mãe usava para rezar, para pedir proteção e abençoar nosso lar”, conta.
Os relógios eram a paixão do pai de Paula. “Ele era um colecionador, garimpava peças pelo mundo. E cada um dos filhos ficou com alguns”, lembra.
Outro pedido especial de Paula às arquitetas foi encontrar um espaço de destaque para o armário antigo e uma arca, herdados da família. Destaque para o belo contraste entre as peças antigas e o acabamento moderninho de cimento queimado da parede.
Muitos dos quadros também vieram da casa dos pais de Paula e algumas obras ela ainda repassou à sua própria filha, dando continuidade a essa riqueza que é a transmissão das memórias de família por meio da decoração.
Um armário de madeira maciça guarda a porta de entrada da cozinha, que é absolutamente moderna, provando que é possível encontrar um equilíbrio na mistura de estilos em um mesmo projeto de decoração.
“O resultado é esse apartamento em harmonia entre o passado e o presente, cheio de personalidade e história”, finalizam as arquitetas.