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Spotify lança projeto para alavancar a carreira de mulheres na música

O programa 'Casa de Música – Escuta as Minas' selecionará 12 mulheres em início de carreira para gravar uma faixa autoral.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 11h55 - Publicado em 6 ago 2019, 16h00
 (Maskot/Getty Images)
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Com o intuito de incentivar a presença feminina no meio musical, em junho o Spotify inaugurou a “Casa de Música – Escuta as Minas”, um local físico em São Paulo onde mulheres conseguirão gravar uma música de autoria própria com toda a infraestrutura para deixá-la no nível profissional. E, na última segunda-feira (5), foram abertas as inscrições para quem quiser participar da segunda fase do programa.

Nessa nova etapa, 12 mulheres serão escolhidas e elas devem preencher alguns pré-requisitos: se identificar com o gênero feminino; morar na Grande São Paulo; ser artista solo ou fazer parte de uma banda; estar em início de carreira; ter um trabalho autoral; e ter disponibilidade de uma semana para se dedicar ao projeto e às gravações – de segunda à sexta, das 10h às 17h, a definir.

Quando selecionadas, elas poderão usufruir de todos os recursos que há na casa, como estúdio com diversos instrumentos de última linha e sala de mixagem com nomes como Florência Akamine, Bia Paiva, Lilla Stip e Allyne Cassini para ajudá-las a construir o single, seja na composição ou na parte técnica. 

Além dos recursos relacionados a música em si, o local de três andares também tem ambientes de convivência para que as mulheres envolvidas no projeto possam trocar experiências. O MdeMulher visitou a Casa e ela é incrível – tem salas com móveis vintage, um banheiro com direito a bolinhas na banheira e uma cozinha à disposição da mulherada.

Também vale lembrar que, como a ideia é dar autonomia para as mulheres que estão gravando no local, os direitos autorais das músicas gravadas não serão restritos ao Spotify. Isso significa que, ao ter a nova canção em mãos, você decide o que fazer com ela – seja levar para uma gravadora ou seguir carreira independente.

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A primeira música do projeto foi gravada pela rapper Souto MC. Com algumas músicas como “Poetisas no Topo” e “Psicosouto” já disponíveis no Spotify, ela gravou o rap “Ressureição” na Casa, com batidas indígenas – já que é uma de suas raízes. Na letra, ela deixa um recado forte sobre o momento de perseguição contra índios que o Brasil está passando: “Leoas rugem e nunca fogem. Vozes que surgem cada vez mais forte. Vida ou morte e morrer não opção e as que se foram canto pra ressurreição”. 

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Um rap influenciado pelos ritmos indígenas do Brasil, composto por uma mina, produzido por outra mina, num estúdio só de minas. "Ressurreição", da @soutomc, com produção da @maymaldjian, é a primeira música gravada na Casa de Música Escuta as Minas do Spotify. Música de embate, caneta afiada pro front, vozes que surgem cada vez mais fortes, como ela mesma canta. Ouça grátis "Ressurreição" no Spotify. A Casa de Música Escuta As Minas abriu suas portas em SP em junho deste ano para ser parte de um movimento que busca mudar o cenário desigual das músicas para artistas femininas. Durante 6 meses, 24 artistas, 12 produtoras, 6 estrelas da música nacional e dezenas de outras mulheres vão passar por lá. Nesse espaço pra compartilhar, aprender e ouvir, serão produzidas 24 músicas – uma por semana. Quer saber mais? Dá uma olhada no destaque CASA DE MÚSICA. E #EscutaAsMinas.

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Além da disponibilidade para a gravação das músicas, o local também terá workshops, eventos, reuniões e conversas com as madrinhas do projeto, como Negra Li, Priscilla Alcântara, MC Pocahontas, Maiara & Maraísa e Liniker. 

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