Spotify lança projeto para alavancar a carreira de mulheres na música
O programa 'Casa de Música – Escuta as Minas' selecionará 12 mulheres em início de carreira para gravar uma faixa autoral.
Com o intuito de incentivar a presença feminina no meio musical, em junho o Spotify inaugurou a “Casa de Música – Escuta as Minas”, um local físico em São Paulo onde mulheres conseguirão gravar uma música de autoria própria com toda a infraestrutura para deixá-la no nível profissional. E, na última segunda-feira (5), foram abertas as inscrições para quem quiser participar da segunda fase do programa.
Nessa nova etapa, 12 mulheres serão escolhidas e elas devem preencher alguns pré-requisitos: se identificar com o gênero feminino; morar na Grande São Paulo; ser artista solo ou fazer parte de uma banda; estar em início de carreira; ter um trabalho autoral; e ter disponibilidade de uma semana para se dedicar ao projeto e às gravações – de segunda à sexta, das 10h às 17h, a definir.
Quando selecionadas, elas poderão usufruir de todos os recursos que há na casa, como estúdio com diversos instrumentos de última linha e sala de mixagem com nomes como Florência Akamine, Bia Paiva, Lilla Stip e Allyne Cassini para ajudá-las a construir o single, seja na composição ou na parte técnica.
Além dos recursos relacionados a música em si, o local de três andares também tem ambientes de convivência para que as mulheres envolvidas no projeto possam trocar experiências. O MdeMulher visitou a Casa e ela é incrível – tem salas com móveis vintage, um banheiro com direito a bolinhas na banheira e uma cozinha à disposição da mulherada.
Também vale lembrar que, como a ideia é dar autonomia para as mulheres que estão gravando no local, os direitos autorais das músicas gravadas não serão restritos ao Spotify. Isso significa que, ao ter a nova canção em mãos, você decide o que fazer com ela – seja levar para uma gravadora ou seguir carreira independente.
A primeira música do projeto foi gravada pela rapper Souto MC. Com algumas músicas como “Poetisas no Topo” e “Psicosouto” já disponíveis no Spotify, ela gravou o rap “Ressureição” na Casa, com batidas indígenas – já que é uma de suas raízes. Na letra, ela deixa um recado forte sobre o momento de perseguição contra índios que o Brasil está passando: “Leoas rugem e nunca fogem. Vozes que surgem cada vez mais forte. Vida ou morte e morrer não opção e as que se foram canto pra ressurreição”.
Além da disponibilidade para a gravação das músicas, o local também terá workshops, eventos, reuniões e conversas com as madrinhas do projeto, como Negra Li, Priscilla Alcântara, MC Pocahontas, Maiara & Maraísa e Liniker.