Todo mundo sabe que quando o dinheiro começa a ficar curto, logo vêm os problemas. É estressante tentar encaixar tudo no orçamento! Quando isso não é possível, e as contas começam a atrasar, é muito comum que a dívida inicial vire uma bola de neve: cheque especial, empréstimos no banco, pagamento do mínimo do cartão… A preocupação vira uma constante e passa até a prejudicar a saúde! Dores de cabeça, de estômago, ansiedade, medo e até casos de depressão estão sendo ligados ao superendividamento, sabia? E uma pesquisa do Serasa Experian mostra que 54 milhões de brasileiros começaram 2015 inadimplentes, o que representa aproximadamente 40% da população adulta. Ou seja: não precisa se desesperar, você não é a única!
Resolvendo o X da questão
Mas afinal o que é melhor resolver primeiro, as dívidas ou a depressão? Segundo Patrícia de Rezende, psicóloga e especialista em orientação do comportamento financeiro, uma coisa independe da outra, mas ao cuidar de uma fica mais fácil colocar a outra nos trilhos também. “Quando uma pessoa está deprimida, pode ficar tomada por pensamentos negativos, distorcer a realidade e não enxergar solução para nada”, diz. Quando a depressão é tratada, a tendência é de que a pessoa consiga analisar melhor a situação e enxergar saídas para sanar as dívidas. Do outro lado, conseguindo pagar as contas, a pessoa se sente aliviada e os sintomas da depressão podem diminuir.
Pensamento positivo!
As coisas ficam mais complicadas quando a pessoa começa a entrar em uma sequência de pensamentos que não resultam em atitudes. Deve-se prestar atenção quando alguém começa a repetir os seguintes pensamentos e falas: “Não vejo saída”, “Não tem jeito”, “Já tentei de tudo”, “Nada do que eu faço dá certo” e “Eu não vou conseguir”. Caso você note que se sente assim ou que alguém próximo age dessa forma, é uma boa hora para procurar ajuda. “O primeiro passo é a terapia com psicólogos. Se for necessário, serão indicados medicamentos”, explica Patrícia. A especialista ainda alerta que não é preciso ter vergonha, nem de ter depressão, nem de ter dívidas. Segundo ela, o que a pessoa não pode de jeito nenhum é deixar que isso domine tudo. Buscar ajuda, seja em conselhos para acalmar a cabeça, seja para conseguir renegociar os débitos e organizar as finanças, é sempre a melhor atitude!
Ele não é o único culpado
De acordo com a especialista, é preciso ir com calma antes de culpar o dinheiro por tudo. “Muitas pessoas têm predisposição para depressão, e o problema pode ou não se manifestar em uma situação de estresse, como quando se tem dívidas, por exemplo”. Além disso, não é qualquer tristeza que pode ser classificada como depressão. É bom estar atenta a isso! É normal ficar um dia ou dois mais pra baixo, chorar e ficar preocupada quando falta dinheiro. E é fundamental tentar entender o que está acontecendo nas suas finanças ou nas da sua família, compreender o que levou a essa situação, pensar em como resolver e tomar atitudes para tentar solucionar o problema.