Invista certo e faça seu dinheiro render mais
Nem sempre a poupança é a melhor opção para aplicar sua grana! VIVA preparou um guia esperto pra você lucrar mais
Antes de aplicar qualquer quantia, resolva todas as pendências financeiras
Foto: Getty Images
O ano está só começando e não seria nada mal fazer sua grana render! Guardar dinheiro e apostar no investimento certo pode ser o caminho para comprar a casa própria, trocar de carro ou realizar a viagem dos sonhos. E, embora a poupança seja um dos meios mais seguros de aplicar seu dinheiro, ela não é a única opção. Há vários tipos de investimento que garantem bom rendimento. E você não precisa ter muito dinheiro. Com apenas R$ 10 já consegue começar a investir.
”A partir de R$ 30, dá para aplicar em títulos do Tesouro. Já em outro título de renda fixa muito comum, o CDB, você consegue começar com R$ 100. E quanto mais deixar o dinheiro lá, maior será o lucro”, diz Samy Dana, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas. Animada? Leia nosso guia e descubra qual investimento é melhor pra você!
8 dicas para ler antes de aplicar
· Todo investimento precisa de um objetivo, seja ele qual for. Defina qual é o seu antes de escolher a melhor maneira de aplicar o seu dinheiro.
· Reserve um tempo para entender os tipos de investimento disponíveis no mercado. Bancos têm informações em seus sites. Páginas da internet, como a Bússola do Investidor, também podem ajudar.
· Procure bancos e instituições financeiras confiáveis.
· Antes de aplicar qualquer quantia, resolva todas as pendências financeiras.
· Coloque na ponta do lápis os impostos e as taxas que serão descontados na hora em que você for retirar o dinheiro.
· Mais importante do que investir muito é aplicar sempre (mesmo que seja uma pequena quantia todo mês).
· O valor que você vai guardar e investir deve estar dentro do seu orçamento.
· Avalie com cuidado qual é o melhor momento pra usar o dinheiro investido.
Bolsa de valores não é bicho-papão!
Ações são títulos pelo quais você pode comprar parte de uma empresa. Seu rendimento virá da compra e da venda delas e também da divisão de lucros da empresa. O investidor pode aplicar na Bolsa de Valores por meio de corretoras. As ações têm renda variável. Isso quer dizer que não dá para prever o quanto você irá ganhar lá na frente. Além disso, não existe valor mínimo para investir em ações, pois cada uma tem seu preço no mercado. Quem escolhe quanto quer pagar é o investidor, ou seja, você. Como há risco, aplicar em ações requer conhecimento do mercado. Não se animou mesmo assim? Uma sugestão bacana é entrar no site do BMF-Bovespa, que é cheio de dicas!
Qual é a melhor opção pra você?
Quem quer investir o dinheiro guardado deve prestar atenção a três aspectos básicos: risco, liquidez e rentabilidade. Conhecer as características de cada aplicação é fundamental para ter sucesso!
Poupança
É bom se você: Não quer correr risco de perder grana. É considerada uma das aplicações mais seguras e é livre de taxa de resgate.
Para começar: Você precisa de R$ 0,01 (um centavo)! Não é exigida uma quantia mínima pra aplicar na poupança.
Taxas de resgate: É livre de taxa de administração anual e IR (Imposto de Renda).
Títulos de renda fixa
É bom se você: Quer fazer um investimento de maior prazo e pode esperar para retirar o dinheiro. Quanto mais tempo ele permanecer aplicado, menores serão as taxas de resgate.
Para começar: O valor varia de acordo com o tipo de título. No CDB, bancos exigem aplicação mínima de R$ 100 a R$ 1.000. Títulos públicos podem ser adquiridos por R$30.
Taxas de resgate: Amaioria sofre tributação no rendimento. Quem retirar a grana antes de 30 dias paga IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).
Fundos de investimento
É bom se você: Pretende começar a investir, mas tem pouco dinheiro. Um grupo de investidores tem maior poder de compra e de venda de títulos e divide as perdas.
Para começar: Valores dependem do fundo e da instituição. Com R$ 10 já dá pra aplicar no fundo de renda fixa da Caixa Econômica Federal.
Taxas de resgate: Para fundos de renda fixa, a tributação cai com o tempo (vai de 22,5% para 15%). Já nos fundos de ações, o imposto é de 15%.
Previdência privada
É bom se você: Busca garantir um reforço na aposentadoria. No longo prazo, previdência rende mais que poupança.
Para começar: O valor mínimo depende do tipo de plano e da instituição financeira. Na Caixa Econômica Federal, o aporte inicial é de R$150.
Taxas de resgate: No PGBL, todo o dinheiro resgatado sofre tributação do IR. Já no VGBL, apenas a grana do rendimento alcançado no plano sofre perdas.
Entenda os tipos de investimento
POUPANÇA
E considerada uma aplicação segura, mas rende pouco. A principal vantagem da poupança é que está livre de IR (Imposto de Renda) na hora do resgate. Como as regras mudaram no ano passado, quem guardou dinheiro nela até maio de 2012 deve pensar duas vezes antes de retirá-lo. O investimento na poupança hoje rende menos (0,41%) por mês do que rendia antes (0,5%).
TÍTULOS DE RENDA FIXA
Os títulos mais comuns são o CDB (Certificado de Depósito Bancário), em que você empresta dinheiro ao banco e ele te recompensa com juros, e o Tesouro, em que você empresta grana ao governo por meio do site. A remuneração nesse caso é negociada na hora da aplicação.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Reúnem grana de um grupo de investidores para aplicar no mercado financeiro. Quem recolhe esse dinheiro são bancos e corretoras. Uma dica é escolher um fundo de um banco onde você tem conta e já paga taxas administrativas.
PREVIDÊNCIA PRIVADA
É investimento em longo prazo. Quanto mais cedo começar, menos vai precisar depositar por mês. Há dois tipos: PGBL, para quem faz a declaração completa do IR ou quer contribuir com até 12% da renda anual; e VGBL, para os que usam a declaração simplificada, são isentos ou pretendem investir mais de 12% da sua renda anual.