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Cabelos: dicas para cuidar da raiz e do couro cabeludo

Você quer ter um cabelo lindo e brilhante, mas o seu não anda lá essas coisas? Talvez seja a hora de voltar as atenções para o couro cabeludo.

Por Karina Hollo
Atualizado em 20 jan 2020, 15h37 - Publicado em 21 abr 2017, 10h10
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  • Não existe cabelo bonito sem couro cabeludo saudável. “Se essa região não for bem cuidada, pode prejudicar o crescimento dos fios, gerando até a queda”, alerta Marcela Buchaim, farmacêutica bioquímica especialista em tricologia e terapia capilar, do Spa do Cabelo, em São Paulo. A boa notícia é que, segundo dados de um levantamento feito pela marca francesa Kérastase, 80% dos problemas (como oleosidade, caspa e perda de fios) são causados por poluição, estresse, má alimentação, excesso de química – ou seja, apenas 20% são de causa genética. Isso significa que, na maioria dos casos, aprender a cuidar do couro cabeludo é meio caminho andado para voltar a ter um cabelo bonito.

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    “Um couro cabeludo saudável pode não fazer os cabelos crescerem mais do que eles estão programados geneticamente, mas, se ele estiver danificado, faz com que os fios cresçam menos e fiquem mais quebradiços”, diz o tricologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC). O motivo? “Pessoas com o couro cabeludo inflamado não têm fios bem queratinizados e densos, nem um folículo que produza células para a formação de uma boa haste capilar”, complementa a dermatologista Cláudia Marçal, de Campinas (SP). Por outro lado, quando está saudável, ele não apresenta vermelhidão e é macio.

    O passo número um para garantir um terreno sempre fértil é a lavagem, que evita o acúmulo de células mortas, óleo e resíduos de produtos, os causadores das inflamações e do atraso no ciclo de crescimento dos fios. No banho, massageie o xampu com a ponta dos dedos e use água morna, em torno de 25 °C. “Mais que isso estimula a produção das glândulas sebáceas, aumentando a oleosidade”, ensina Mabe Freitas Gouveia, dermatologista da Clínica Valéria Marcondes, de São Paulo. O ideal também é ir para o chuveiro em dias alternados. “Assim, você não exagera na eliminação da proteção natural, o que gera o efeito rebote, com direito a acúmulo na raiz”, continua. “E sempre enxágue bem para não obstruir folículos e permitir uma melhor nutrição dos fios”, diz Mabe. Tem mais: dormir com o cabelo molhado, nem pensar!

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    No caso dos xampus, o principal é entender que existem dois tipos – o de limpeza profunda e o de hidratação. O primeiro, que deve ser usado, em média, a cada 15 dias, elimina as células mortas, reduz a oleosidade e limpa profundamente o couro cabeludo. “E ainda pode ter função antifúngica, antiqueda e antissensibilidade”, fala Claudia. Em seguida, vem o de hidratação. “Se estiver curtindo praia ou piscina, eles são ainda mais indispensáveis para repor os nutrientes perdidos”, ensina Marcela. Há também os pré-xampus, que preparam o cabelo para receber o xampu e reduzem a quebra. “Eles devem ser usados no cabelo seco, dez minutos antes da lavagem, de acordo com a sua necessidade”, afirma Mane. Esfoliar o couro cabeludo é outra dica boa. “Uma vez a cada uma ou duas semanas, a esfoliação ajuda muito na limpeza. Só evite os grânulos grossos, que podem causar lesões”, diz Marcela.

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    Barrar os efeitos da poluição e de outras agressões externas, como água com muito cloro e sol, é indispensável. “Mar e piscina fazem o cabelo perder as proteínas essenciais. Enquanto isso, os raios UV causam a abertura da camada externa dos fios, deixando-os mais vulneráveis e potencializando a ação corrosiva”, alerta Mabe. Como lidar? “Use filtros solares capilares e, após o banho de piscina, tome sempre uma ducha com água corrente para tirar o excesso de cloro”, ensina a dermato.

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    Vale ainda ficar de olho nos hormônios. Comuns principalmente durante a gravidez ou no período menstrual, as desordens nas taxas dessas moléculas são gatilhos para um couro menos saudável, enfraquecido e oleoso. O da tireoide, por exemplo, quando desregulado, causa afinamento e queda do fio, assim como o nível aumentado de cortisol.

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