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Big Chop: como tirar toda a química durante a transição capilar

Para quem deseja optar por esta escolha: o Pixie Hair, popularmente chamado de corte Joãozinho, promete repaginar seu visual sem deixar de lado o estilo

Por Débora Stevaux (colaboradora)
Atualizado em 12 abr 2024, 09h49 - Publicado em 26 abr 2016, 21h20
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  • Assumir os cachos nem sempre é uma decisão fácil de ser tomada, mas para as convictas na transformação, o principal desafio é lidar com a transição capilar. O processo consiste na eliminação, gradual ou totalmente, do produto químico responsável por alisar os fios para que cresçam naturalmente.

    A transição pode ser feita de duas maneiras diferentes: a primeira, consiste em deixar a raiz crescer e ir cortando, aos pouquinhos, o cabelo, deixando os fios com duas texturas diferentes – cacheados na raiz e liso nas pontas. Geralmente, essa é a escolha das meninas que preferem não abrir mão do comprimento ou da cor das madeixas.

    Foi o caso da repórter Gabriela Kimura, do portal MdeMulher, que preferiu manter o tom cinza de suas madeixas. E após 12 anos fazendo escova progressiva, decidiu, há seis meses, redescobrir seu cabelo natural junto com sua melhor amiga e vem registrando minuciosamente essa mudança. “O mais difícil de tudo isso é  precisar arrumá-lo todas as vezes que lavo, porque ainda tenho mais da metade dos fios com progressiva, o que o torna pesado, sem cachos nas pontas.” completa ela: “É bom me sentir livre para ter um cabelo que fica bom em um dia e no outro não – e tudo bem com isso.”

    Juliana Mavalli Juliana Mavalli

    Gabriela no início do processo, e depois de um mês de transição. 

    Já a segunda, pode ser considerada mais prática e radical por retirar por completo as substâncias químicas dos fios. Conhecida como Big Chop, essa alternativa vem do ato de cortar toda a parte alisada do cabelo. Para as meninas que desejam optar por esta escolha: o Pixie Hair, popularmente chamado de corte Joãozinho, promete repaginar seu visual sem deixar de lado o estilo!

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    Big Chop: fiz e gostei!

    Maraisa Fidelis, do blog Beleza Interior, fez sua transição completa em cerca de 5 meses. A blogueira tinha o costume de fazer permanente em seus fios, que acabaram não aguentando a quantidade de produtos químicos, o que resultou num corte químico: “Demorei para cair na real, no começo acordava com cabelo no travesseiro e acabei cismando que faltava alguma vitamina no meu corpo. Foi só depois de me consultar com médicos que percebi: não era queda, mas sim quebra.”

    Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal

    Maraisa em 2006, com 17 anos e dois anos depois da transição, no primeiro semestre de 2015.

    Inicialmente, ela cuidava de duas texturas, até que em setembro de 2013, cortou toda a química de suas madeixas. “Fiquei muito mal, foi muito estranho. Postei uma foto e as meninas que acompanhavam o meu trabalho me apoiaram e me ajudaram a ficar melhor”, desabafou. Assim como Gabriela, Maraisa registrou todo o processo, mas em seu canal no Youtube, numa espécie de diário.

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    Para aquelas que estão pensando em dar o pontapé inicial para esta transformação, a blogueira aconselha usar e abusar dos acessórios para disfarçar as duas texturas – caso opte por uma transição gradual. E dá a letra do conselho que vale ouro: “Cuide muito bem do seu cabelo, assim o novo ficará sadio após o corte da parte com química. E não se esqueça, um fio é diferente do outro, por isso tome cuidado na hora de escolher os produtos – os cachos têm aberturas e espessuras diferentes.”

    Reprodução/Instagram Reprodução/Instagram

    Maraisa com seu black power atual.

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    Verena Barros, do blog Nunca Saio Sem Make também passou 5 meses no processo. “Não aguentava mais esperar. A ansiedade de ver meus cachos e minha verdadeira identidade foi maior do que o comprimento dos meus fios”, confessou a blogueira que também possui um canal no Youtube sobre o porquê de sua escolha. Arquivo Pessoal

    Verena um mês depois de ter feito o big chop.

    Para Verena, que também atua como maquiadora, o maior desafio foi conviver e cuidar de duas texturas, que a obrigavam à prender seu cabelo. “Mas apesar de tudo isso, o maior benefício foi a minha liberdade estética. Para mim, foi uma experiência de redescoberta incrível!”

    Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal

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    As madeixas de Verena atualmente.

    Mesmo com todos os perrengues, Gabriela sente nesta transição capilar um processo para lá de empoderador: “A gente se acostuma tanto a querer se encaixar no “padrão”, a “pertencer” e estar “perfeita” que esquece de valorizar o quão bonito é nosso verdadeiro eu.” 

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