1. Carência nutricional
A raiz do problema Quando se está seguindo uma dieta rígida ou se cortam certos alimentos do cardápio, é comum sofrer uma queda inesperada dos fios por alguns meses. “A falta de proteína, vitaminas, como as do complexo B, ou minerais, como ferro e zinco, enfraquece o folículo responsável pelo crescimento das mechas, levando à queda”, explica o dermatologista Valcinir Bedin, de São Paulo. O tratamento Em geral, basta equilibrar o prato, e o organismo regulariza o ciclo de vida do cabelo. De imediato, vale incluir no cardápio alimentos de origem animal, feijão, legumes, verduras e grãos integrais. Suplementos vitamínicos funcionam, mas é recomendável que sejam prescritos por um médico. “É essencial garantir que o corpo receba todos os nutrientes de que precisa”, diz Denise Steiner.
2. Alteração hormonal
A raiz do problema Menopausa, problemas nos ovários e de tireoide afetam o equilíbrio hormonal e, de quebra, o ciclo capilar. A gravidez também pede atenção: pode ocorrer um tipo de queda chamado eflúvio telógeno. “Há uma aceleração das fases de crescimento dos fios e aumenta o volume de queda”, diz Denise. Oscilações de peso e unhas frágeis são sinais de que pode haver alteração hormonal. O tratamento A boa notícia: uma vez que haja a regulação dos níveis hormonais, o ciclo capilar volta naturalmente ao normal. Primeiro, é importante descobrir qual é exatamente o hormônio que está alterado e em qual proporção. “Exames de sangue e ultrassom são boas ferramentas para isso. Depois, ficará fácil orientar um tratamento eficaz”, afirma a dermatologista Denise.
3. Fatores emocionais
A raiz do problema Nessa área, não há certezas nem consenso entre especialistas. “O stress e a irritação têm influência direta na saúde do couro cabeludo, assim como o cansaço, embora não se saiba exatamente como”, defende Bedin. A hipótese mais defendida é de que, em tais circunstâncias, o corpo demanda energia e muitos nutrientes, deixando de lado a nutrição do cabelo. O tratamento Achar meios para lidar com o stress, atenuar o desgaste do dia a dia e manter o equilíbrio emocional são boas saídas. “Nenhum remédio será suficiente se a causa vier de dentro”, diz Bedin. O que resolve é cuidar não só do bem-estar físico mas também do mental. E cada um faz isso de um jeito: pode ser com terapia, redução da carga de trabalho ou dias de folga. Suplementos nutricionais podem ser coadjuvantes.
4. Predisposição genética
A raiz do problema Embora a alopecia androgenética, ou calvície, atinja mais os homens, pois está ligada ao excesso de hormônios masculinos, as mulheres também podem sofrer com o problema. Com forte componente hereditário, há rarefação de fios no topo da cabeça. De tanto eles afinarem, o bulbo capilar atrofia, cessando o nascimento de novos. O tratamento “A saída é inibir os hormônios masculinos”, diz o dermatologista José Marcos Pereira, autor de Alopecia Androgenética (Calvície) na Mulher (DiLivros). Recorra a medicamentos, tópicos ou orais, à base de ativos como o acetato de espironolactona ou flutamida. Eles retardam o processo de queda, mas não fazem fios novos crescer. O implante é o último recurso.
5. Doenças autoimunes
A raiz do problema Lúpus, psoríase e líquen plano, doença que se manifesta com erupções na pele e nos lábios, podem levar à perda de pelos no corpo e falhas esparsas na cabeça. “Nesses casos, o que ocorre é que o organismo produz anticorpos contra o próprio cabelo, causando inflamação na raiz”, explica José Marcos Pereira. O tratamento É preciso coibir a ação dos anticorpos com medicamentos específicos e, ao mesmo tempo, tratar a inflamação no couro cabeludo. “Para impedir a progressão desse problema, podem ser aplicados na área corticoides, um tipo de anti-inflamatório”, afirma a dermatologista Denise Steiner. No entanto, onde houve a queda, os fios não voltam a nascer.