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Pet na cabine: minha experiência viajando de Avianca e de Azul

Embarcar com seu pet no avião não é das tarefas mais simples. Aqui, compartilho as minhas dicas para um voo tranquilo!

Por Isabella Marinelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 mar 2019, 00h05 - Publicado em 1 mar 2019, 20h56

Preciso começar me apresentando: sou Isabella, editora de comportamento da CLAUDIA, e tutora da Luli, uma shih tzu de 6 meses. Nunca escrevi por aqui, mas acho que minhas experiências viajando de avião com cachorro podem ajudar quem está prestes a embarcar!

Sou de São Paulo, mas minha filhote nasceu em Recife, capital de Pernambuco. Ela é a única fêmea de uma ninhada com mais três machos, todos filhotes da Lolla, mascote dos meus tios. Quando ela veio ao mundo, em agosto do ano passado, já comecei a quebrar a cabeça pensando em como fazer esse trajeto.

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Oi, eu sou a Luli! (Isabella Marinelli/CLAUDIA)

Existem muitas regras para embarcar com seu animal de estimação num voo. A primeira delas, em muitos casos, é a idade do animal. Luli tinha só dois meses quando eu pretendia buscá-la e, nesta idade, só a Avianca transporta. Todas as outras companhias exigem que o bichinho tenha ao menos três meses. Problema: é aos três meses que eles recebem a vacina antirrábica, contra raiva, uma exigência para o embarque. Só após 30 dias da aplicação é possível fazer as malas e levar o pet com você. Ou seja, ou comprava a passagem da Avianca ou esperava até os quatro meses. Não quis a segunda opção, pois este é o período em que o filhote mais aprende – inclusive o básico, como fazer xixi no lugar certo.

Comprei a minha passagem e a passagem dela, que custou 250 reais (o trecho).

Pet na cabine da Avianca

Não tive tempo de acostumar a Luli a ficar dentro do contêiner nesta primeira viagem, então improvisamos. Ela ficava quietinha sempre que eu andava, mas latia quando estávamos paradas.

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No check-in, você deve informar que está com um animal e colocá-lo na esteira de bagagem para conferir o peso. Depois, é hora de apresentar a documentação (leia mais abaixo) e assinar um termo de responsabilidade que isenta a companhia em caso de problemas durante o voo.

Antes de entrar no avião, no saguão do aeroporto, brinquei um pouquinho com ela no chão e dei água. Quando entramos na aeronave, posicionei a caixa abaixo do banco da frente e ela  resmungou. Decolamos.

O problema é que eu estava mega nervosa, porque ela era novinha e porque tem focinho curto, uma característica que dificulta a respiração em determinadas raças. Até pouco tempo atrás, por exemplo, os shih tzus estavam entre aqueles que não podiam viajar de avião. A regra mudou, mas ainda vale conferir caso a caso.

Fiquei tremendo feito vara verde por quase uma hora até que peguei a caixa e coloquei no colo. Reservei o assento da janela, então virei a tampa no sentido contrário do passageiro ao lado e abri um pouquinho. Coloquei a mão dentro da casinha, ela se acalmou e dormiu o voo todo. Nenhum comissário me chamou a atenção, nem nada. Na hora do pouso, coloquei novamente no chão. Ufa!

Pet na cabine da Azul

A segunda viagem da Luli foi para Recife novamente, no final de 2018, para passar Natal e Ano-Novo. Desta vez, voamos de Azul e pagamos 500 reais ida e volta dela.

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Caí na besteira de não conferir as dimensões da caixa antes de efetuar a compra e fui surpreendida negativamente quando vi. A altura permitida da caixa era ridiculamente baixa. Pelo conforto dela, teria optado por outra cia, caso tivesse visto antes. Mas enfim…

Meus pais se encarregaram da missão de levar o nosso pacotinho. Logo que se acomodaram, minha mãe, que estava na janela, foi avisada de que não poderia ficar lá e precisava trocar por um assento no corredor. Havia um ferro embaixo do banco que atrapalhava o encaixe da caixa de transporte. Em nenhum momento fomos avisados no ato da compra da passagem, mas a aeromoça foi gentil durante as mudanças ali mesmo na hora. O problema é que, por isso, minha mãe e meu pai precisaram sentar separados, mesmo tendo pago para marcar os lugares. Ponto negativo. Fica a dica para já escolher um banco no corredor!

Na ida, minha mãe colocou a caixa no colo e brincou um pouquinho. Novamente, ninguém reclamou.

Na volta, foi ainda melhor. Com a poltrona do meio vaga, meus pais acomodaram a caixa e abriram a porta. Luli cochilou por três horas com as patinhas e a cabeça para fora  <3 Bem madame.

Embarque com pet no avião: regras

Antes de comprar as passagens, fique atenta aos documentos e à caixa de transporte exigidos por cada companhia aérea. Todas elas disponibilizam essas infos na internet. Via de regra, você vai precisar de:

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A autorização do veterinário responsável contendo todas as informações do seu fofucho (nome, idade, sexo), além de uma afirmação assertiva de que ele está apto para viajar de avião.

Um atestado sanitário, que é um formulário padrão da Anvisa, devidamente preenchido e assinado pelo seu vet de confiança.

* Os atestados têm validade de dez dias. Caso sua viagem dure mais do que isso, vai precisar procurar um veterinário local para dar novas versões.

A carteira de vacinação contendo todas as imunizações do pet, incluindo a vacina antirrábica.

Uma caixa de transporte seguindo as dimensões da companhia (vale checar, porque cada uma tem as suas). Minha dica: é muito difícil encontrar algo exatamente nesses padrões nas lojas físicas. Das duas vezes, comprei com valores aproximados, mas de material flexível para, se necessário, dar uma apertadinha embaixo do banco – é onde ela vai! A primeira encontrei no petshop Cão que Ri, no Shopping Recife, e a segunda arrematei em uma das unidades do Petz, em São Paulo.

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O peso exato do seu cãozinho, pois ele + a caixa de transporte devem pesar, juntos, entre 5 e 10kg, a depender da empresa. Além disso, deve estar confortável e ter espaço para que ele dê uma voltinha para trocar de posição.

(Essas informações são correspondentes aos voos domésticos. Partidas internacionais têm outras exigências, ok?)

Minhas dicas

Semanas antes, deixe a caixa de transporte disponível para seu bichinho entrar e sair durante o dia. Aos poucos, tente fechar a tampa e circular com ele ali. Sem estresse!

Não dá para prever como o animal vai se comportar, portanto, relaxe! Se ele latir, no caso dos cães, não se desespere por isso. O barulho do motor da aeronave camufla bem os sons e, além disso, ele não há o que fazer para impedi-lo, né?

Nas duas vezes, dei uma borrifada leve de água nas bordas do tapete higiênico que vai dentro da caixa. Foi dica de um veterinário para ajudar com o ar seco e pressurizado.

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Fique descalça no avião! Parece bizarro, mas é assim que você vai sentir se o chão está frio ou quente demais. Em qualquer um dos casos, você pode tomar alguma providência.

Boa viagem! <3

Bora conversar mais? Meu Instagram é @isabellamarinelli. Me marquem nas fotos dos bichinhos viajantes. Vou amar! 

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