O que é “Self hangover”? Como a pandemia afetou nossa autoimagem
Cansou de olhar para a própria cara? Você não é a única - e a busca por procedimentos estéticos aumentou. Pesquisa explica o fenômeno
Você já ouviu falar em self hangover? Se esta é a primeira vez, podemos quase que garantir que não será a última. O termo, que significa algo como “ressaca de si mesmo”, foi criado para explicar o estado de mal-estar emocional e psicológico que todos nós passamos a enfrentar após a pandemia. Para entender melhor como ele nos afeta, sobretudo no que diz respeito à beleza e autoimagem, a Merz Aesthetics fez uma pesquisa completa sobre o assunto, com alguns insights que podem parecer bastante familiares.
Antes de partirmos para os resultados, é importante se familiarizar também com outro termo deste período: o efeito zoom. Com todos trancados em casa e a digitalização da vida moderna, e o aumento significativo do tempo de tela e reuniões via vídeo, passamos a enxergar algumas imperfeições que antes não víamos, e isso, claro, passou a incomodar.
Realizada em 14 países da América Latina com 9600 entrevistados (48% homens e 52% mulheres), com idades entre 25 e 60 anos, a pesquisa mostrou que a maioria de nós está sim insatisfeita com a própria imagem.
Nós ficamos mesmo mais sedentários
No que diz respeito aos exercícios físicos, 48% dos entrevistados concordam que ficaram mais sedentários durante a pandemia, enquanto 34% dizem que isso ficou ainda pior com a retomada da vida “normal”. No Brasil, este número é ainda maior: 56% para o primeiro, e 38% para o segundo.
A pesquisa ainda revela que 47% dos latinos se tornaram mais inseguros com o corpo durante a pandemia, e parte significativa deles não voltou a se sentir como antes. No Brasil, estes números sobem para 55% e 56%, respectivamente.
Mas essa sensação não vem só da falta de exercícios: com aumento do tempo de tela e do uso de redes sociais, a comparação com outras pessoas aumentou. 68% dos entrevistados dizem que o padrão de beleza exposto na mídia em geral é distante da realidade, e isso colaborou com a insatisfação.
Os reflexos da pandemia na autoimagem
No Brasil, 41% dos participantes mudaram a sua percepção de beleza com a pandemia. Uma em cada quatro garantem que os efeitos duram até hoje.
Em toda a América Latina, os brasileiros foram os mais afetados por essas mudanças, assim como as mulheres (são 38% delas, contra 23% deles)
Self Esteem Shot: o aumento das buscas por procedimentos
Com toda essa mudança na percepção do eu que observamos no espelho (ou nas câmeras), as pessoas passaram a buscar procedimentos estéticos, sobretudo os injetáveis, para melhorar a autoestima – uma saída mais imediata para o problema.
21% dos brasileiros disseram que realizaram algum tipo de procedimento nos últimos 18 meses, ou que pretendem realizar em um futuro próximo, contra 17% em 2021. 36% ainda disseram ter realizado procedimentos durante a pandemia, e cerca de 30% nos últimos 3 meses.
Se somados os interessados e potencialmente interessados em realizar algum tipo de procedimento injetável em breve, chegamos ao impressionante número de 71% aqui no Brasil, contra 55% ao considerarmos toda a América Latina.
59% das pessoas acreditam que os procedimentos ajudam na recuperação da autoestima pós-pandemia, enquanto 72% acreditam que eles podem ser uma forma de autoexpressão. Há ainda um número expressivo de pessoas que os consideram parte do autocuidado e bem-estar.
Procedimentos favoritos dos latinos
Os preenchedores de ácido hialurônico são os favoritos dos latino americanos, seguidos por lasers e bioestimuladores de colágeno.
Já entre a turma que não fez nenhum procedimento, mas tem interesse em realizar no futuro, os bioestimuladores reinam: 42% têm interesse neles, contra 37% para preenchedores de ácido hialurônico e 34% em lasers e ultrassons.
Vamos falar sobre o assunto? Nos vemos na Casa Clã!
E agora que você já tem todos os dados, que tal debatermos mais sobre autoimagem pessoalmente? No dia 8/3, a Merz Aesthetics promove um talk especial com a atriz Claudia Raia na Casa Clã, maior evento feminino da Editora Abril. Junto da executiva Giovana Pacini, ela vai falar sobre autoconfiança e beleza sem etarismo.
A segunda edição de Casa Clã acontece entre os dias 8 e 10 de março no Casarão Higienópolis, localizado na Avenida Higienópolis, 758, em São Paulo, com grandes talks, shows intimistas, aulas ao ar livre e ativações gratuitas. Para participar, basta garantir o seu ingresso (gratuito) pelo site Sympla neste link.