Um feixe de luz intenso que atinge apenas o alvo – essa é a forma simples de descrever um laser. Aliado da dermatologia estética, atua por afinidade. “De acordo com o comprimento da onda, cada tipo de laser interage com uma substância – que pode ser o sangue, a água ou a melanina –, produzindo um efeito específico”, explica a dermatologista Valéria Campos, de São Paulo. Ao acertar o alvo, o laser provoca uma pequena lesão. “Mas é totalmente controlada. O próprio organismo aciona o metabolismo para corrigi-la”, afirma a dermatologista Adriana Cairo, de São Paulo.
Com a recente evolução tecnológica, os novos aparelhos proporcionam resultados mais naturais e recuperação rápida. Além disso, nem sempre provocam descamações e irritação da pele. Cada vez mais, os jovens vêm buscando o procedimento como prevenção por oferecer opções menos invasivas.
“É uma geração que se cuida desde cedo, evitando assim longos protocolos para tratar tudo de uma vez quando chegarem a uma idade mais avançada”, acrescenta Valéria. Há também os procedimentos lunchtime. “São aqueles que não exigem muito tempo de recuperação. Então, não interrompem a rotina e podem ser feitos até na hora do almoço”, diz a dermatologista Kédima Nassif, de São Paulo.
Tudo isso, aliado a um bom profissional, permite diagnósticos e tratamentos bastante eficientes. A recomendação é totalmente personalizada. O médico levará em consideração, entre outros fatores, as condições da pele – quem aplica ácidos, por exemplo, sofre com o aumento da sensibilidade –, o uso de medicamentos controlados, como isotretinoína, e a dedicação aos cuidados após o procedimento.
Com promessas mágicas pipocando nas redes sociais a preços tentadores, vale se informar antes de topar qualquer tratamento. A seguir, listamos algumas das opções disponíveis que fazem mais sucesso hoje e explicamos para que servem e como atuam.
Dúvidas frequentes
- Laser funciona melhor na pele clara?
Sim, a melanina pode interferir no tratamento. “Nas peles mais escuras, em razão do maior risco de queimaduras, usamos lasers de menor intensidade. Os de rubi ou de alexandrita, por exemplo, são proibidos nesse caso”, alerta o dermatologista Abdo Salomão.
- A pele pode ficar sensível após a sessão?
Alguns tipos de laser, chamados de ablativos, provocam aspereza ou ressecamento da pele – é o caso do CO2. Mas eles não são maioria. Informe-se com seu médico antes do procedimento.
- Dá pra fazer uma sessão e ir direto para o trabalho?
Em geral, o procedimento não causa incômodos nem marcas, apenas uma vermelhidão tolerável. Mas não se pode abrir mão do protetor solar – reaplicando-o várias vezes ao dia.