Além de ser uma porta de entrada para contrair inúmeras doenças, o hábito de roer as unhas pode se tornar um vício difícil de largar. Segundo a dermatologista Ericka Aguiar, especializada na área clínica e de estética, a mania “está ligada a um distúrbio de ansiedade“, na qual, em alguns casos, os pacientes são indicados a se encaminharem a um psicólogo ou até um psiquiatra para tratar a mania compulsiva de levar os dedos à boca.
O perigo de adquirir tal hábito é a chance de danificar permanentemente as unhas e o risco de pegar alguma infecção ao corpo. “Colocamos as mãos em vários lugares contaminados durante o dia e, levando a mão à boca, a pessoa fica mais susceptível a contrair infecções bacterianas, virais e fúngicas.”, comenta a dermatologista Regina Ueti.
Além das doenças infecciosas, as especialistas alertam sobre os males para a formação das unhas. Ericka cita a possível alteração do formato delas pelo “hábito mecânico do movimento de roer as lâminas da matriz (unha)”.
Tirar as “pelinhas” ao redor das unhas, por exemplo, além de deformar as unhas, causa infecções na região. “O trauma constante ao roer as unhas pode fazer a região periungueal (em volta das unhas ) ficar em constante inflamação, o que provoca lesão na matriz, onde se encontram as células germinativas das unhas. Isso pode deixar deformidades às vezes permanentes na lâmina ungueal (corpo da unha)”, explica a dermatologista Regina.
Como parar de roer as unhas
Para aqueles que não conseguem largar o vício, as especialistas recomendam tanto esmaltar as unhas como utilizar produtos que trazem um gosto amargo em contato com a boca. “Na hora que o paciente começa a colocar o dedo na boca e ele sente o gosto amargo da base, ele desiste de roer as unhas ao sentir o sabor ruim”, ressalta a especialista Ericka.
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