Que viver em centros urbanos pode causar problemas à nossa saúde não é novidade para ninguém. Afinal, estamos expostos ao estresse do dia a dia, trânsito e diversas outras condições que não são lá muito favoráveis. Porém, além dos fatores mais conhecidos, a vida urbana – ou melhor dizendo, a poluição que fica em grande quantidade na atmosfera das grandes cidades – também é muito prejudicial à nossa pele.
As micropartículas emitidas pela queima dos combustíveis são as principais vilãs para a saúde facial, mas os gases tóxicos e a combustão de outras substâncias também possuem sua parcela de culpa. No inverno, a poluição aliada ao clima seco da estação são a combinação perfeita para danificar a pele e causar irritação, ressecamento, acne e envelhecimento precoce.
Por que a poluição afeta a nossa pele?
Como falamos acima, os microrresíduos produzidos pela queima dos combustíveis são uma parte importante do problema. Isso porque, eles são pequenos o suficiente para penetrar a camada de proteção cutânea e gerar uma reação inflamatória que quebra o colágeno (proteína responsável por evitar a flacidez), causando o envelhecimento precoce, podendo retardar a renovação celular e diminuir a retenção das partículas de água na pele.
Além disso, a poluição presente na atmosfera pode causar acne ao depositar substâncias que obstruem os poros e a saída do sebo produzido pelas glândulas sebáceas, criando assim, uma inflamação que leva ao nascimento de espinhas.
E onde o tempo seco entra nessa história?
Não é só na saúde da pele que o clima ressecado traz problemas, certo? Mas, para o rosto, a falta de umidade no ar deixa a pele mais seca e acaba enfraquecendo sua camada protetora, que é formada, principalmente, por líquidos e gordura. Dessa maneira, nosso rosto fica mais suscetível à penetração de substâncias poluentes, raios UVA e UVB, bactérias, irritações e outros fatores prejudiciais. “De forma simples, o ressecamento deixa a face desprotegida“, explica o dermatologista Dr. Luis Eduardo Vila Pascoal, da clínica Mais Excelência Médica.
Outro problema, é que o tempo seco, em geral, está associado ao inverno brasileiro e, nessa época do ano, alguns hábitos prejudiciais bastante comuns acabam ressecando ainda mais a nossa pele, como tomar banho com água quente e não usar filtro solar.
Como evitar que esses fatores nos prejudiquem?
Todas essas informações podem parecer um pouco assustadoras, afinal, a poluição e o clima são condições que não conseguimos controlar diretamente. Mas, com alguns cuidados específicos, é possível ajudar nossa saúde facial. “Lavar o rosto com um sabonete correto para o seu tipo de pele é essencial para higienizar a região, principalmente após ficar muito tempo exposto em áreas de queima de combustível. O segundo passo é usar o protetor solar diariamente, pois, além de proteger contra os raios solares, ele também cria uma barreira física que auxilia na proteção cutânea contra a absorção dos poluentes”, explica o dermatologista Dr. Luis Eduardo.
A hidratação também é necessária e você pode incluir na sua rotina de beleza um sérum ou creme hidratante. Produtos antioxidantes e com vitamina E ou C contribuem para a proteção e firmeza da pele e são boas opções para o cuidado contra a ação dos agentes poluentes e o ressecamento.
A pele do corpo também precisa de atenção
Não podemos esquecer que a pele corporal também sofre com o ressecamento e a poluição. Para cuidar dela, o Dr. Luis Eduardo aconselha alguns passos simples e certeiros: “Fugir dos sabonetes bactericidas e evitar banhos quentes e prolongados ajuda bastante. Outra dica é aplicar o creme hidratante até cinco minutos após sair do chuveiro, pois, nesse período, a camada superficial da pele fica amolecida e o produto consegue penetrar com mais profundidade”.
Pronta para proteger a sua pele contra a poluição?