Imagino que você já saiba que é preciso passar protetor solar todos os dias, faça sol, chuva ou tempo nublado. Mais que um cuidado estético contra o envelhecimento e o surgimento de manchas na pele, o hábito é fundamental na prevenção de doenças de pele, especialmente em um país onde a incidência solar é tão intensa como o nosso. Mas, cá entre nós, desde o começo do isolamento e a instauração do home office, quando foi a última vez que você usou o bendito protetor?
Sim, é verdade, mesmo dentro de casa é preciso usar filtro solar. Isso porque, apesar de estarmos menos expostos à luz ultravioleta dentro de ambientes fechados, ainda há uma exposição à luz visível emitida por lâmpadas fluorescentes, televisões e até pelo computador ou celular que você está usando neste exato momento para ler esta matéria. E ela também é capaz de causar danos à pele. “No caso da luz visível, a agressão é a longo prazo. Ela não deixa a pele avermelhada e marcada de imediato porque é cumulativa”, explica a Dra. Veridiana Abud, pós-graduanda em Dermatologia. E, assim como a ultravioleta, além do envelhecimento, a luz visível também pode levar ao aparecimento de lesões malignas.
Mas então basta voltar a aplicar diariamente o filtro solar que está tudo certo? Sim e não. Segundo Abud, por causa do diferente espectro de onda da luz visível, um protetor comum não é suficiente. “Nestes casos, recomendamos filtros físicos, que formam uma espécie de escudo na pele e que estejam associados à cor, pois a presença de tonalizante no produto cria uma dupla barreira”.
Já para a proteção contra o ultravioleta, não importa se o produto é do tipo físico ou químico, cuja absorção é mais fácil e deve ser reaplicado a cada três horas ou sempre que possível. O importante é que o fator mínimo seja 30, uma vez que abaixo disso não há efetividade de proteção contra o câncer de pele. Se, de quebra, você ainda desejar uma mãozinha extra no combate ao envelhecimento, aposte nos fatores mais altos, a partir do 50.