O verão é uma das melhores épocas do ano para curtir ao ar livre. Porém, a estação exige cuidados para ser aproveitada de maneira saudável e proteger a pele da luz solar é um dos passos principais para evitar problemas – e sofrimento – durante os dias de calor.
Apesar de extremamente necessária, nem sempre a aplicação do filtro solar é feita (!) e, quando ela ocorre, pode acontecer de maneira incorreta, causando as temidas queimaduras e até quadros mais graves, como a insolação.
Depois que a pele foi danificada pelo sol, alguns cuidados são necessários para recuperá-la e minimizar o desconforto. Abaixo, conversamos com o dermatologista Amilton Macedo e listamos o que fazer para cuidar das queimaduras solares. Confira as dicas e lembre-se: prevenir é a melhor solução para evitá-las!
Queimadura leve
“Normalmente, ela ocorre quando as pessoas aplicam o protetor solar, mas esquecem de repassá-lo ao longo do dia. Em geral, é aquela vermelhidão que aparece após o banho”, explica Amilton.
A hidratação tópica e oral são muito importantes para recuperar o tecido cutâneo. Procure produtos hidratantes e com substâncias que acalmam a pele, como aloe vera e camomila, e beba, pelo menos, dois litros de água por dia. Além disso, para não piorar a sensação de queimadura, evite banhos quentes e prefira sabonetes líquidos, que ressecam menos a região.
Proteger as áreas danificadas pelo sol é muito importante para que as queimaduras não piorem. Aplique protetor solar com fator de proteção alto e, se possível, permaneça na sombra até que o organismo se recupere.
Caso a pele comece a descamar após alguns dias, é necessário aumentar o uso dos hidratantes corporais para cuidar da camada que está nascendo. Como o tecido cutâneo novo é mais fino, ele corre mais riscos de desenvolver manchas se não for protegido corretamente da radiação. Por isso, redobre a atenção nesse caso e utilize filtro solar com FPS acima de 50.
Queimaduras graves
Quadros graves de queimadura são bastante perigosos e podem precisar de atendimento médico especializado. “Quando a insolação acontece, além da vermelhidão intensa, é possível que o paciente apresente febre, diarréia e vômito. As bolhas também podem aparecer, deixando a região bastante dolorida”, revela o dermatologista.
Os cuidados devem ser ainda maiores nesse caso, pois o tecido cutâneo está muito danificado. Em geral, o uso de medicamentos orais é receitado para diminuir a inflamação da pele e pode ser necessário também a utilização de antibióticos para evitar uma possível infecção.
“A dor e o incômodo são grandes durante queimaduras severas e, quando as bolhas surgem na pele, muitas pessoas têm o impulso de estourá-las para eliminar o desconforto. Porém, ao fazer isso, elas acabam deixando a área ainda mais vulnerável e exposta à bactérias e vírus, o que pode levar a uma infecção grave. A camada de tecido que cobre a bolha serve como uma proteção biológica e não deve ser arrancada”, alerta Amilton.
Durante a recuperação, é essencial ficar longe do sol. Medidas como tomar bastante líquido e evitar banho com a água quente, roupas muito apertadas e toques brutos na pele também ajudam a amenizar as dores.
Como se cuidar para que isso não aconteça?
“A melhor maneira de evitar esses quadros é protegendo a pele antes da exposição ao sol e sempre se lembrar de reaplicar o protetor solar a cada duas horas. A dica aqui é usar uma camada generosa de produto, pois isso interfere na efetividade da proteção. Além disso, ter uma alimentação rica em alimentos antioxidantes, como legumes, frutas e verduras, também ajuda a criar uma barreira de dentro para fora contra a ação dos raios solares”, finaliza Amilton.