Blogueira inclui cicatrizes nas discussões sobre body positive
''Todos nós temos corpos com marcas e cicatrizes dessa experiência humana que chamamos de vida'', diz Michelle Elman
A blogueira Michelle Elman levou anos até conseguir levar as cicatrizes ao centro das atenções das discussões sobre body positive. Se em 2014, seus comentários sobre o assunto eram deletados, hoje, Michelle comemora o sucesso da hashtag #ScarredNotScared.
Muitos de seus depoimentos ganham força nas redes sociais. O mais recente afirma: ”Todos nós temos cicatrizes.”
‘’Quando encontrei o movimento do body positive, ninguém falava de cicatrizes. Era 2015, não achei nenhum post sobre o assunto. Tinha múltiplas hashtags sobre ser gorda mas nenhuma sobre cicatrizes. Foi por isso que eu comecei a usar #ScarredNotScared. Sempre que eu falava do assunto, meu comentário era deletado. Isso me frustrava, porque discutiam de gordura à celulite, mas nunca falavam de cicatrizes.
“Será que eu estava achando problema onde não tenho?”
Michelle Elman
Lembro de ter 17 anos e procurado no Google: “ como falar com seus novos amigos sobre suas cicatrizes” ou “ como falar com os amigos sobre suas cirurgias” e nunca havia resposta.
Lembro de ter 15 anos e estar preocupada em tirar o top na frente do meu namorado. Googlei “como falar com um garoto sobre suas cicatrizes” e nada.
Muitos de nós crescemos acreditando que nossas percepções sobre nosso corpo são só nossas, que as outras pessoas não se preocupam como nós. Mas, por mais que tenha procurado na Internet, não achava pessoas com o mesmo problema. Eu não achei. “Será que eu estava achando problema onde não tenho?”, me perguntei.
Pessoas com cicatrizes são poucas? Não, são muitas. Vocês sabem quantas pessoas vão ao hospital por ano?
Pode ser a cicatriz no seu dedo quando estava limpando uma faca, pode ser a do seu joelho quando você caiu ao dançar muito (ambos podem ou não ser exemplos pessoais). Todos nós temos cicatrizes. A hashtag #Scarred Not Scared provou isso para mim.
Não somos tão diferentes. Todos nós temos corpos com marcas e cicatrizes dessa experiência humana que chamamos de vida. Então, eu odeio dizer isso, mas mesmo que você não saiba… você tem cicatrizes não assustadoras também. ‘’