Desde a antiguidade, o mel é um valioso ingrediente medicinal e cosmético. Dizem algumas lendas que Cleópatra o misturava ao leite com que se banhava para ter uma pele mais macia. Seus derivados, como a cera, por exemplo, também faziam sucesso, sendo utilizados na produção de cremes e pastas hidratantes.
De lá para cá, acompanhando toda a evolução tecnológica da indústria da beleza, os produtos apícolas seguem firmes e fortes no tratamento e cuidado com a pele. Segundo a dermatologista Nanashara Valgas, da Clínica Derm&Vasc, parte desse poder é atribuído à presença de flavonoides, compostos encontrados principalmente em frutas, folhas e sementes e que possuem funções anti-inflamatória, antialérgica, antioxidante e até antitumoral.
A seguir, ela lista 5 funções e benefícios desses ingredientes para a pele:
Hidratante
Natural e universal, o mel pode atuar como hidratante para todos os tipos de pele. De acordo com a dermatologista, o efeito se dá por causa das moléculas do açúcar que ajudam a reter a água no tecido.
Combate o envelhecimento
Como mencionado acima, o alimento possui função antioxidante, sendo capaz de combater radicais livres e prevenir o envelhecimento das células. Suas propriedades também ajudam a reduzir os primeiros sinais de rugas, retardando a aparência envelhecida da pele.
O pólen é outra fonte rica em antioxidantes e vitaminas como C, E, B e betacaroteno, que atuam na fixação do colágeno na pele e a protegem contra os radicais livres. Já a geleia real ajuda na produção de colágeno.
Poderoso cicatrizante
Segundo Nanashara, o mel tem propriedades que estimulam o crescimento dos tecidos, minimizando cicatrizes e feridas. Além dele, o própolis e o pólen, também podem ser utilizados na cicatrização de queimaduras.
Alívio para os sintomas da acne
Graças a sua ação anti-inflamatória, o mel pode ainda ajudar na redução dos sintomas de vermelhidão e irritação causados pela acne.
Limpeza profunda
Por fim, a dermatologista chama atenção para o poder dos compostos na eliminação de bactérias existentes na pele, que podem obstruir os poros e criar inflamações. O veneno, por exemplo, apresenta ação anti-inflamatória, antimicrobiana, antifúngica e antiviral.
O uso da toxina em cremes, aliás, se popularizou nos últimos anos, tornando-se queridinho entre celebridades como Kate Middleton, Victoria Beckham e Gwyneth Paltrow.
“Geralmente, usa-se a melitina, um aminoácido presente no veneno da abelha, que aumenta o fluxo sanguíneo na pele e estimula a produção de colágeno, melhorando sua textura e firmeza”, explica a dermatologista, acrescentando que a substância pode ser usada como ativo único ou associada a outros compostos.
É preciso, porém, cautela ao recorrer a esses tratamentos, pois os produtos apresentam riscos para quem é alérgico ao veneno. “Os principais sintomas são coceira e vermelhidão no local da aplicação. E mesmo que sejam sintomas leves, não recomendo o uso em quem saiba ter a alergia”, alerta Nanashara.