África, Antigo Egito, Grécia Antiga, Idade Média e Hollywood fazem parte da história das tranças. Um dos primeiros possíveis registros históricos do penteado data de cerca de 20 mil anos antes de Cristo e foi encontrado nas estátuas de Vênus de Brassempouy e a de Willendorf, na Europa. O penteado foi evoluindo ao longo dos anos e ganhando novas representações (alô, Cleópatra!), além de se popularizar entre as mais diversas texturas e estilos de cabelos. E para você que gosta, um convite: vamos fazer um mergulho nos últimos 100 anos de tranças?
A trajetória das tranças é muito mais enraizada no continente africano, aproximadamente há 3.500 anos antes de Cristo. Por lá, elas eram utilizadas para identificar as tribos da região, assim como faixa etária, estado civil, religião e outros status sociais.
Mas vamos deixar o passado distante para outro momento, abaixo temos as principais formas que as tranças foram utilizadas desde 1930 até hoje em dia, focando na imponência da cultura negra, através de nomes como Nina Simone, Alicia Keys, Rihanna e mais – em vídeo criado pela Glamour norte-americana.
1930 e 1940: apliques de tranças e tranças utilitárias
Durante as décadas de 1930 e 1940, as tranças eram populares entre as mulheres que trabalhavam em fábricas. O penteado em seu formato de camponesa era prático e protegia os fios de prender em máquinas. Em Hollywood, Bette Davis era uma das atrizes conhecidas por desfilar os cabelos trançados.
1950: o coque trançado
Nos anos 1950, os coques trançados eram a escolha favorita de quem queria passar um ar de maturidade e elegância. A atriz Deborah Kerr foi uma das grandes responsáveis por popularizar o penteado.
1960: tranças com fitas
As tranças ganharam fitas e laços, inspiradas nas culturas Maia e Asteca, que usavam esses adornos para identificar classes sociais e estado civil. Já entre os hippies, s tendência era usar pequenas tranças para ajeitar os cabelos.
1970: cornrows braids
As cantoras Nina Simone, Valerie Simpson e Roberta Flack usavam cornrows braids – tranças feitas bem rentes ao couro cabeludo – nos anos 1960 e 1970. Era um sinal de poder das mulheres negras, no auge dos movimentos revolucionários do Black Power, nos Estados Unidos.
1980: tranças com adornos
Com referências da África Ocidental, as tranças ganham adornos e um caimento diferente, usadas agora soltas e em todo o cabelo. Miçangas, pedrarias e outros acessórios são incrementados nas pontas dos fios.
1990: box braids
Influenciadas pela cultura hip-hop, as tranças ficam ainda mais poderosas. Janet Jackson era um ícone com suas box braids, assim como a atriz e cantora Brady, que ficou muito famosa com a série Moesha e suas micro tranças.
2000: Fulani braids
Nos anos 2000, as Fulani Braids, ou tranças Fulani, são enraizadas nas laterais (acima das orelhas) e trançadas de trás para frente. Nos anos 2000, fizeram a cabeça de artistas como Rihanna, Alicia Keys e Solange. Com inspiração também na região ocidental da África, as tranças misturam texturas e podem ou não vir com adornos.
2010: trança espinha de peixe e Issa Rae
Enquanto Blake Lively desfilava a trança escama de peixe em premières, se tornando um hit visto até mesmo na Semana de Moda de Nova York de 2010, Issa Rae mostrava uma nova forma de estilizar o penteado nos cabelos naturalmente afro. Rae passou a usar os fios bem armados com trancinhas na raiz.
E então, quais décadas têm suas tranças favoritas?