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Julia Cameron lança ‘A Arte da Escuta’

Autora do livro 'O Caminho do Artista', que tem mais de 5 milhões de exemplares vendidos no mundo, faz um convite para ajustarmos o foco e ouvirmos o agora

Por Helena Galante
Atualizado em 30 set 2022, 09h44 - Publicado em 30 set 2022, 07h00
Julia Cameron: autora de "O Caminho do Artista" e "A Arte da Escuta", da Editora Sextante
Julia Cameron: autora de "O Caminho do Artista" e "A Arte da Escuta", da Editora Sextante (Ilustração Catarina Moura/CLAUDIA)
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Silenciar as distrações é um desafio em tempos de atenção dividida entre as mensagens infinitas de trabalho, listas de afazeres e poucas horas de sono. E se ao invés de tentar abstrair as demandas, nós começássemos a ouvir, literalmente, o que cada uma delas nos apresenta? O barulhinho da notificação do aplicativo, causa alguma reação emocional? Qual a trilha sonora do supermercado? Será que o som do despertador é o mais agradável? Parecem perguntas simples — e são — mas se feitas com constância podem causar uma revolução na nossa maneira de perceber o mundo e interagir com outras pessoas.

Essa é a aposta da artista e professora de criatividade americana Julia Cameron. Autora do mega sucesso O Caminho do Artista, traduzido para perto de 40 idiomas, ela lança agora no Brasil A Arte da Escuta (Sextante, R$ 39,90). Em entrevista exclusiva para CLAUDIA, Julia compartilha sua confiança na transformação social que vem do diálogo: “O caminho da escuta é um caminho de respeito. Quando intencionalmente ouvimos os outros, eles podem nos surpreender e fazer transparecer que temos mais coisas parecidas do que havíamos previsto”.

'A Arte da Escuta': novo livro da autora Julia Cameron
A Arte da Escuta: novo livro da autora Julia Cameron (Divulgação/CLAUDIA)

Para nos ajudar a desenferrujar o sentido da audição, a também compositora e romancista de 74 anos propõe um programa de seis semanas com tarefas transformadoras. A mais famosa delas é a das Páginas Matinais: escrever a mão, assim que acordar, três páginas de tudo que vier à mente, no fluxo da consciência. “A tecnologia nos encoraja a estar sempre ocupado — e é aqui que as Páginas Matinais entram. Elas são um tempo quieto passado sozinho, que gentilmente nos impulsiona adiante em direções mais felizes”, explica.

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Ao esvaziar nosso pote, essa prática diária nos abre para a criatividade. Mas nem só de lições de casa se faz o processo. Outra proposta é separar uma hora por semana para fazer um Encontro com o Artista, alguma atividade divertida realizada na sua própria companhia, para alegrar a sua criança (ou artista) interior. Caminhadas de 20 minutos, para esticar as pernas e a mente, são recomendadas também. No passar das semanas, percorremos a arte de escutar o mundo à nossa volta, os outros, o nosso eu superior, além do véu (sim, ela fala de conversar com ancestrais que já morreram), os nossos heróis e o silêncio.

“As pessoas têm apetite por conexão, por se sentirem próximas. A arte da escuta é gentil e te impulsiona a treinar ouvir profundamente. Você pode descobrir que tem um hábito de interromper as pessoas e decidir mudar. Essa atenção focada é muito prazerosa, anima as conversas e abre portas para a intimidade.”

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Como quem conversa com uma grande amiga, Julia divide com os leitores suas ferramentas e também seus percalços. Faz questão de dizer, por exemplo, da superação do alcoolismo, conquistada à base de Páginas Matinais e uma devoção ao Deus da criatividade, que ela via se manifestar num verso do poema “A força do verde estopim que impele a flor”, de Dylan Thomas. “Quando eu conquistei a minha sobriedade, em janeiro de 1978, ouvi: ‘Se você quiser ficar sóbria, você precisa rezar’. Eu disse: ‘Rezar?’. Eu não sou santa, eu não sou boa nisso. E eles me disseram que eu poderia rezar para qualquer coisa, contanto que não fosse eu mesma. Perguntei para uma garota para quem ela rezava e ela contou: ‘para o Mick Jagger’. Daí pensei, claramente, a minha linha de poesia está bem.”

Sua intuição sabia o que dizia. “Ao sintonizar com o ambiente, um passo de cada vez, você escuta uma sinfonia maior. É o seu eu superior que bate no seu ombro e diz: ‘Isso é o que realmente importa, você está prestando atenção?’ O caminho da escuta é um caminho de cura.”

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