Será que a pessoa que está ao seu lado é a sua alma gêmea? Dá para descobrir quando encontraremos um amor verdadeiro? E o mais importante: este é um conceito realmente válido? Essas são algumas perguntas que permeiam o mundo de quem adora unir espiritualidade e amor.
Pensando em esclarecer essas e outras dúvidas, CLAUDIA bateu um papo revelador com o astrólogo Victor Valentim (@bosquedosgnomos) e a espiritualista Kélida Marques. Confira o que eles têm a dizer sobre o assunto:
Alma gêmea existe?
Antes de tudo, Victor nos convida a refletir sobre a etimologia da palavra alma: “Ela deriva do latim ‘anima’, que significa aquilo que nos anima. Também há uma ligação com o grego antigo, que traz a ideia do sopro de vida. Ou seja, estamos falando sobre o nosso princípio vital. E aí, ao trazer as ‘almas gêmeas’, evocamos a ideia de dois princípios idênticos”, explica.
Para o especialista, se isso realmente existe ou não, irá depender de cada mitologia ou crença. “No livro do espiritismo de Allan Kardec, por exemplo, as almas gêmeas não existem num sentido de seres que se completam. Não é aquela história das ‘metades da laranja’, e sim, a ideia de dois espíritos semelhantes, que compartilham a mesma frequência energética, e despertam o amor entre si”, elucida.
Ele revela que falácias como nascer no mesmo dia e horário da pessoa amada não são comprovações de que encontramos um grande amor do destino. “Alguns esperam encontrar uma alma gêmea pelo resto da vida, e é necessário compreender que isso pode não acontecer. O que realmente é possível é ter alguém que compartilhe semelhanças e gostos contigo.”
Como identificar que você encontrou um amor verdadeiro?
Valentim aponta que, para descobrir se estamos com um verdadeiro amor, precisamos estar atentos ao nosso amor próprio. “A partir do momento que nos valorizamos, conseguimos valorizar o próximo. Para a espiritualidade, este é um trabalho de autoconhecimento, de nos conectarmos à nossa própria fé”, diz.
De acordo com o astrólogo, se estivermos nos priorizando e acompanhados de alguém que nos apoie, levante e nos faça avançar, estamos falando sobre uma troca verdadeira.
Sinais práticos do dia a dia
E, claro, também há alguns sinais, internos e externos, que evidenciam a vivência de um amor que, além de verdadeiro, é saudável. Kélida Marques os lista a seguir:
1. Sensação de reconhecimento
Quando você encontra a sua alma gêmea, é possível experimentar uma sensação imediata de reconhecimento, como se já a conhecesse há muito tempo, mesmo que tenha acabado de encontrá-la.
2. Compatibilidade
Sua alma gêmea pode parecer extremamente compatível com você em termos de valores, interesses e personalidade, e a conexão acaba sendo natural e fácil.
3. Comunicação
Você e seu parceiro podem se comunicar de uma forma profunda e significativa, compartilhando seus pensamentos, sentimentos e ideias de uma forma aberta e honesta.
4. Sentimento de paz
Quando estamos com a nossa alma gêmea, sentimos um senso de paz e segurança, como se estivéssemos em casa.
5. Conjunto de crescimento
O relacionamento com a sua alma gêmea pode ser um catalisador para o crescimento e desenvolvimento pessoal de ambos, pois vocês se desafiam a crescer e evoluir juntos.
Desavenças podem (e devem) ocorrer
Kélida alerta que é importante reconhecer o quanto cada relacionamento é único e passível de altos e baixos. “Até mesmo almas gêmeas entram em conflito. O importante é se comunicar de forma aberta e honesta, trabalhando juntos para nutrir e fortalecer o relacionamento”, aconselha.
Descobrindo se estou vivendo um amor de vidas passadas
De forma simples e direta, Victor Valentim indica que essa resposta seja buscada através de oráculos, mesas radiônicas, viagens astrais por meio de hipnose ou até mesmo regressões para vidas passadas.
Por fim, Kélida reitera: alma gêmea é uma questão de fé. “Alguns acreditam que há uma única pessoa no mundo perfeita para nós, e outros afirmam que há vários indivíduos neste universo que podem se encaixar neste conceito. O importante é que a busca pelo amor verdadeiro não nos impeça de viver plenamente”, conclui.