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Locais imperdíveis em SP para apreciadores de arquitetura

De Sala São Paulo à Praça das Artes, arquitetas indicam seus lugares favoritos na capital paulista

Por Marina Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 fev 2023, 10h55 - Publicado em 9 fev 2023, 08h35
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  • São Paulo costuma ser associada ao trabalho e pressa de seus moradores, mas também pode ser uma cidade que proporciona calmaria – basta olhar com atenção. Com seus prédios monumentais, sejam históricos ou modernos, por aqui é possível apreciar construções dos mais diferentes estilos e, por vezes, até aproveitar boa gastronomia junto de uma bela vista.

    Para ter a ajuda de um olhar de especialista, convidamos algumas profissionais para nos contar quais são seus pontos favoritos da capital paulista. As arquitetas Júlia Guadix, Patrícia Miranda Lima e Gigi Gorenstein indicam seus lugares favoritos para apreciar arquitetura na cidade de São Paulo. Confira:

    Museu do Ipiranga

    Museu do Ipiranga
    Museu do Ipiranga (| Foto: Museu do Ipiranga/Divulgação)

    O Museu do Ipiranga ocupa o primeiro posto da lista de lugares arquitetônicos preferidos da arquiteta Júlia Guadix (@studioguadix). “Fui na reabertura, no ano passado, e fiquei encantada em como o espaço está bonito. O museu passou por uma atualização necessária, mas respeitando muito a estrutura. As restaurações foram feitas no piso, paredes, no mármore… E as obras também foram todas restauradas. Conforme vamos subindo, é possível ver a estrutura do telhado antigo, fora a vista que é maravilhosa”, relata a arquiteta.

    Seen São Paulo

    Seen São Paulo
    Seen São Paulo (| Foto: @seensaopaulo/Instagram/Reprodução)

    O segundo lugar favorito da arquiteta Júlia Guadix une vista e gastronomia. O Seen São Paulo, bar e restaurante no 23º andar do Hotel Tivoli Mofarrej, proporciona um jantar com vista panorâmica da cidade. Reformado em 2017, o espaço traz um toque de art déco atualizado.

    “O teto e a estrutura da iluminação ficaram aparentes, mesclaram o azulejo Brennand na parte do sushi bar. Já no bar principal, bem ao centro, ficam tubos de latão curvados, com tampo de mármore. Ressalto ainda o piso de ardósia com espinha de peixe da entrada, que vai até o bar. Já na parte das mesas, o assoalho de madeira junto ao sofá de veludo dão um ar aconchegante”, detalha a profissional.

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    Estação da Luz

    Estação da Luz
    Estação da Luz (| Foto: Allison Ginadaio/Getty Images)

    Outra opção a ser admirada, segundo Júlia Guadix, é a Estação da Luz. “A estrutura metálica da cobertura é maravilhosa, dá aquela sensação de que estamos num filme. O prédio é muito bonito e histórico, tem o charme do piso e das portas grandes de madeira, a linha do metrô também é maravilhosa e ainda tem um piano para quem quiser tocar. No mesmo prédio, temos o Museu da Língua Portuguesa, que foi maravilhosamente reformado e traz uma vista muito bonita do centro da cidade.”

    Praça das Artes

    Praça das Artes
    Praça das Artes (| Foto: Nelson Kon/theatromunicipal.org.br/Divulgação)

    A região central da cidade abriga um dos lugares favoritos da arquiteta Patrícia Miranda Lima (@raizesarquitetos), a Praça das Artes, no centro. “O contraste da construção contemporânea com a construção antiga da Sala do Conservatório não prejudica nenhum dos dois, não causa briga. Temos o concreto lado a lado com os detalhes da antiga construção do final do século XIX. Meu olhar não cansa das aberturas irregulares e do ritmo que elas desenham nas diferentes fachadas do conjunto”, revela a profissional.

    “Acho interessante caminhar entre os volumes da edificação e os diferentes espaços externos que eles formam entre a Rua Conselheiro Crispiniano, a Av. São João e o Vale do Anhangabaú. São diferentes percepções à medida em que passamos por um jardim descoberto, quase seco, num piso em rampa que segue até a parte coberta, plana, mais escura e com teto baixo, ao menos na impressão da chegada”, diz Patrícia, que aproveita também para ressaltar a programação do local, que conta com concertos e balés nas salas internas, além de apresentações ao ar livre no espaço externo.

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    Japan House

    Japan House
    Japan House (| Foto: Rogério Cassimiro/Divulgação)

    Ainda no coração de São Paulo, Patrícia adora frequentar a Japan House, na Avenida Paulista. “É um espaço que vai além da treliça escultural da fachada e das incríveis exposições temporárias que abriga. A construção tem detalhes construtivos que são pontos de destaque: a maneira como as escadas externas ‘flutuam’, encostando nas paredes apenas em pontos rebaixados, afastados do olhar; o detalhe como o piso de madeira chega nos vazios, sem mostrar o topo cortado, mas como se dobrasse para ser a parede branca que o recebe; o desenho minimalista dos móveis e divisórias, que sem rodapé ficam ainda mais limpos, como blocos ou folhas que levemente pousam sobre o piso”, detalha a arquiteta

    Museu de Arte Moderna de São Paulo

    MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo
    MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo (| Foto: @mamoficial/Instagram/Reprodução)

    Já quando quer estar em meio ao verde e relaxar, a arquiteta Patrícia Miranda Lima se dirige ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), no Parque do Ibirapuera. “É um programa bem completo, que inclui o parque, as exposições, o restaurante e a marquise sob a qual está construído. Acho maravilhoso chegar ao parque, no meio daquele verde, e para cada canto olhar um edifício cultural. Mesmo apenas com os olhos fechados, lembro da sensação ao percorrer a curva externa de vidro, passar pela entrada e, ainda pelo lado de fora, seguir até a vitrine onde costumava ficar a Aranha, escultura de Louise Bourgeois”, relembra.

    O interior do MAM também revela surpresas agradáveis, com uma agenda repleta de novidades. “Por vezes, fui mesmo sem saber a programação. Descia a rampa, sempre com alguma intervenção temporária, para chegar na sala principal de exposições e me surpreender com obras interessantes. Do lado de fora, sempre gostei do encontro de diferentes grupos urbanos – skatistas, patinadores e apenas pedestres, dividindo um espaço vivo da cidade”, diz.

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    Café Artigas

    Café Artigas, no Instituto Casa Vilanova Artigas (ICVA)
    Café Artigas, no Instituto Casa Vilanova Artigas (ICVA) (| Foto: @cafeartigas/Instagram/Reprodução)

    Localizado no centro cultural Instituto Casa Vilanova Artigas, o Café Artigas fica instalado na casa onde viveu o arquiteto João Batista Vilanova Artigas – e que hoje abriga seu museu.

    “É um lugar que possui uma certa ligação para mim, pois fui aluna do filho dele, o Júlio Artigas, e acho o trabalho dele incrível. É um lugar lindo para conhecer, com lindo jardim preservado do Roberto Burle Marx”, revela a arquiteta Gigi Gorenstein (@gigigorenstein_arquitetura).

    Sala São Paulo

    Sala São Paulo
    Sala São Paulo (| Foto: @salasaopaulo_/Instagram/Reprodução)

    A Sala São Paulo é outro lugar de significado especial para a arquiteta Gigi Gorenstein. “Conheci a Sala quando estava fazendo um trabalho de faculdade e era um lugar abandonado, que dividia a cidade, já que a linha do trem tinha esse papel de divisão. E, hoje em dia, apesar de seu entorno, é um lugar de cultura maravilhoso. Foi um edifício que abrigou a antiga estação ferroviária e virou, atualmente, um espaço da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo”, ressalta.

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    Restaurante Vista

    Vista Restaurante Ibirapuera
    Vista Restaurante Ibirapuera (| Foto: @vistaibirapuera/Instagram/Reprodução)

    Outro ponto que une arquitetura e gastronomia é o Restaurante Vista, do sócio e chef Marcelo Corrêa Bastos. “É um restaurante com comidas e bebidas ótimas, e o principal é a vista privilegiada para o Parque do Ibirapuera, o Obelisco, a Oca, o Instituto Biológico e o Pavilhão da Bienal. É uma ótima opção para ver o pôr do sol”, completa Gigi sobre o restaurante localizado no Museu da Arte Contemporânea.

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