O amor não pode ser uma daquelas coisas das quais você precisa se conformar. Porque o amor é plus, é aquele algo a mais que deixa a vida mais brilhante. Ele nunca deve ser um peso. Nunca deve ser um jogo – jogos cansam e sempre alguém perde.
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Por isso, é de extrema importância entender que você não merece quem só oferece o mínimo de amor. Não merece quem vira as costas sem motivo, quem não responde suas mensagens… Não merece quem não entende que você vale demais.
Porque, em primeiro lugar, você merece o melhor.
Não, não é o melhor emprego, a melhor casa ou o melhor carro. Bem, também. Mas, mais do que isso, merece ter as melhores pessoas a sua volta. A vida já estressante o suficiente: trânsito, rotina, contas, redes sociais… E com todas essas coisas é possível se conformar, dar um jeito. Exceto no amor. O mínimo que a gente pode fazer por nós mesmas é nos cercarmos de quem realmente se importa conosco, quem entra no nosso cotidiano para somar, não para subtrair. Existe um mundo de pessoas legais por aí e precisamos estar abertas para deixá-las entrar nos nossos universos particulares.
Merece ser a pessoa mais feliz do mundo.
É modo de falar, tá? Uma das lições mais difíceis aprendidas aos vinte e poucos anos é de que felicidade plena não existe – basicamente Hollywood enganou toda uma geração. A realidade é uma vida, digamos, com altos e baixos. Às vezes, os baixos vão ser muito baixos, tão baixos a ponto de não ser possível enxergar chance ou solução. E nessa hora, quando tudo parece uma grande merda, entram em cena aquelas pessoas que vão fazer você continuar.
Elas sabem o que falar, sabem a hora certa daquele convite para uma cerveja ou para uma noite com sorvete + Netflix. Elas não são aquele alguém estranho que você conheceu em uma noite muito louca. Elas sabem o quanto você vale. Sabem quem é você e, ok, não é o seu melhor momento agora, mas logo será.
Ter pessoas assim na vida é quase como um casamento, só que sem as responsabilidades chatas. Elas estarão na saúde e na doença, nos sorrisos e nas lágrimas… Estar cercada de pessoas assim, não de pessoas que fogem no primeiro sinal de complicação, é seguramente ser a pessoa mais feliz do mundo.
Merece alguém que entenda o valor da palavra “compromisso”.
De acordo com uma das definições do dicionário Aurélio, “compromisso” é algo como uma promessa mútua, um acordo. Em uma metáfora clichê, não abandonar o barco quando as ondas estiverem mais bravas. Porque as borboletas não vão durar para sempre. E, assim, justamente por elas não serem eternas é que muitos relacionamentos acabam. E tudo bem, é o ciclo natural. O problema é perceber antes mesmo de algo começar que a pessoa não está nem aí para aquilo o que ela tem com você
E o valor da palavra “relacionamento”.
Relacionamento é doação. É não abrir mão da sua individualidade, óbvio, mas fazer, sim, algumas concessões. Para o bem de vocês, para o bem daquilo que estão construindo ou vão construir, para que no fim do dia tudo esteja bem para ambas as partes. Lembra que uma relação nada mais é do que um acordo? Estar dentro de um compromisso é administrar duas ou mais vontades (caso você esteja vivendo um poliamor!) e quem não entende essa premissa não merece estar ao lado de uma pessoa que tem “muito amor” para dar. Não é justo.
Porque a gente tem tendência a romantizar quem só nos dá migalhas.
Ai, tudo aquilo que é difícil parece tão melhor, não? É quase uma atração fatal. Mas essa nossa tendência de romantizar e colocar em um pedestal aquelas pessoas que só nos dão migalhas precisa parar. Porque você merece ser feliz para caramba. Não merece se satisfazer com pouco amor. Como diz aquele infame – mas totalmente verdadeiro – ditado da sua adolescência “não trate com prioridade quem te trata como opção”. Ei, as cartas estão na mesa: trate com prioridade quem te trata com prioridade. Básico.
O seu tempo é valioso demais.
Ainda bem, a adolescência já passou. Nossa, que fase, hein! Com os hormônios à flor pele, cada decepção parecia o fim de um mundo, mas não era. Você evoluiu e, provavelmente, aprendeu muito com as “porradas da vida”. E, talvez, a maior lição seja a de que o tempo é um bem valioso demais. Algo para ser gasto com as melhores pessoas, só com as que vão somar. As que no final do dia, no balanço geral, valem a pena.
Talvez um amor “calmo como um dia de domingo” seja melhor do que um com cara de sexta feira à noite.
Do que adianta um amor “sexta feira à noite” – todo quente e rock’n roll – mas que não tem sustenção para chegar na segunda-feira? Muito melhor um calmo como um dia de domingo, mas que na simplicidade dele fará de você a pessoa mais feliz do mundo. As borboletas acabam.
E, por fim, antes só do que mal acompanhada.
Porque, no fim das contas, as mães são umas pessoas danadas de sábias e já falavam: antes só do que mal acompanhada. Antes sozinha, livre e feliz do que como aquelas pessoas que, de tão mergulhadas em uma relação ruim, acabam chatas por só falarem disso. Você merece o melhor e, às vezes, o melhor é dormir todas os dias com a certeza de que você se basta. Não deixe ninguém convencer você do contrário.