Sexo na gravidez
É possível manter uma vida sexual ativa e cheia de prazer durante os nove meses de gestação. Tire suas dúvidas sobre sexo na gravidez
Posições confortáveis garantem uma vida sexual ativa e prazerosa durante a gravidez
Foto: Dreamstime
As transformações físicas no corpo da mulher podem atrapalhar na hora da transa, mas, com algumas adaptações, é possível conseguir o mesmo prazer que o casal encontrava antes de a barriguinha crescer. A obstetra paulistana Míriam Ben Lulu ressalta que a gravidez não é uma doença e o ato sexual nesta fase é algo completamente natural. “Não existe risco de ferir o bebê, ele fica protegido dentro da bolsa. Além disso, durante a penetração, o pênis não alcança o útero”, explica.
Cuidados especiais
A relação é uma atividade física que melhora o fluxo sanguíneo no útero e na vagina, fortalece a musculatura pélvica e prepara a região perineal para o parto.
A médica Míriam Ben Lulu recomenda que, depois do sétimo mês, a gestante passe por uma avaliação médica para verificar se não há nenhum problema. “Há pacientes que durante o orgasmo têm contração uterina. Na gravidez essa contração fica mais intensa, o que aumenta o risco de entrar em trabalho de parto prematuro”, orienta. Além disso, a higiene é muito importante. “Toda mulher grávida deve tomar um banho antes e depois do sexo”, ensina.
O terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Junior, do Instituto Paulista de Sexualidade, aconselha os casais a experimentar todas as posições possíveis, até descobrir a que mais se adapta aos dois. “Qualquer momento a sós pode ser transformado em uma ocasião erótica, como tomar banho juntos ou brincar na cama”, diz o terapeuta
Os medos não existem apenas na cabeça das mulheres. Muitos homens associam a esposa à figura materna, perdendo o interesse pelo sexo. Outros sentem-se rejeitados nesse período.
O ideal é que o casal converse bastante e faça aquilo que for mais prazeroso para ambos. Isso significa continuar a transar normalmente, ou dar um tempo.
E quando o bebê nasce?
A especialista Míriam Ben Lulu diz que é bastante comum a mulher se sentir fragilizada depois de dar à luz. “Como ela não se acha sexualmente atraente, é muito importante ter o apoio do parceiro. Assim, poderá perceber que essa fase é passageira.”
Também existem os quarenta dias de resguardo, independentemente de o parto ter sido normal ou cesariana. Esse é o tempo necessário para o corpo da mulher cicatrizar. Mas o casal pode retornar às atividades sexuais através do sexo oral e da masturbação.