Amar é respeitar a si mesmo antes de
se entregar ao outro
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Cada um tem seu jeito de amar. Uns gostam de ficar juntinhos, outros são mais calados… Às vezes, porém, o sentimento que os move vira obsessão. E aí mora o problema.
Em um relacionamento saudável, pensar no parceiro e cuidar dele é normal. Mas quando essa preocupação se torna exagerada e o indivíduo não consegue se concentrar em outra atividade a não ser a vida de quem ama, cuidado: pode estar configurado um bem-querer patológico.
Reações perigosas
Cega de amor, a pessoa fantasia que o outro corresponde ao seu sentimento e, interpretando qualquer gesto ou palavra como resposta positiva às suas investidas, mantém esperanças. O quadro piora quando a figura percebe que não é correspondida. Aí, ela passa a odiar a quem antes idolatrava.
As raízes do problema
Quem tem baixa autoestima, ansiedade e sofre de um sentimento de abandono e com certo grau de depressão tem boas chances de se tornar amante patológico. Outro fator importante é a família: quando os pais mantêm um relacionamento onde um cuida excessivamente do parceiro e o outro sente a necessidade dessa atenção, mostrando-se frágil, os filhos tendem a reproduzir esse modelo em sua vida afetiva.
Sinais do amor doente
Alguns sentimentos e atitudes são ”sintomas” do amor patológico. Caso se identifique em mais de uma destas afirmações, vale a pena procurar ajuda especializada, como um psicólogo ou psiquiatra.
. Angústia, taquicardia e suor na ausência ou no distanciamento (físico e afetivo) do amado.
. Preocupação excessiva com o outro.
. Tenta, sem sucesso, reduzir ou controlar a vontade de cuidar do parceiro.
. Mesmo com os constantes problemas pessoais e familiares não consegue se distanciar, ficando angustiada.
. Abandona interesses e atividades que antes adorava.
. Tem atitudes que demonstram falta de controle sobre ações e emoções (como telefonar sete vezes seguidas, por exemplo)