O uso de preservativos, conhecidos também como camisinhas, é um método eficaz para prevenir infecções sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, infecções do trato urinário, câncer e ate infertilidade. No entanto, cerca de 60% dos jovens brasileiros acima de 18 anos parecem estar deixando de lado esse importante hábito de proteção segundo dados do próprio Ministério da Saúde.
Segundo o médico Aurélio Relíquias, um dos motivos para isso estar acontecendo pode ser a falta de educação sexual adequada. “Muitos jovens não recebem informações suficientes sobre os riscos de infecções sexualmente transmissíveis e como se proteger. Além disso, a abordagem da educação sexual ainda deixa a desejar”, diz.
E, por outro lado, muitos jovens estão subestimando os riscos de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. “Eles podem acreditar que isso não vai acontecer com eles, ou que os riscos são baixos o suficiente para não se preocupar com o uso de preservativos”, afirma o Aurélio.
Riscos do não uso da camisinha
Os principais riscos gerais para a saúde associados à falta de uso de preservativos são as infeções sexualmente transmissíveis, como herpes, gonorreia, sífilis e até HIV, a gravidez indesejada e infecções do trato urinário. O médico também alerta que uma das ISTs mais comuns é o HPV (Papilomavírus Humano), que pode levar ao desenvolvimento de câncer de colo do útero e de outras áreas genitais.
“A falta do uso do preservativo também pode causar infertilidade. Algumas infecções, como a clamídia e a gonorréia, podem causar infertilidade em homens e mulheres. O uso de preservativos pode ajudar a prevenir a transmissão dessas doenças e reduzir o risco deste cenário”, afirma Aurélio.
Em resumo, o não uso de preservativos pode ter consequências graves para a saúde física, mental e social do indivíduo. “É importante lembrar que o uso de preservativos é uma das formas mais eficazes de prevenção e deve ser parte integrante da saúde sexual e reprodutiva de todos”, reforça Aurélio.
Tipos de camisinha
As camisinhas são divididas basicamente em dois tipos: camisinha masculina (aquela inserida no pênis) e camisinha feminina (inserida na vagina). “Ambas são igualmente eficientes desde que colocadas antes do inicio de qualquer contato, seja sexo oral, vaginal ou anal”, explica Henrique Abrão, médico ginecologista e obstetra da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Ele também alerta que é importante que a camisinha esteja dentro da data de validade, lacrada e seja utilizada exclusivamente, não sobrepondo duas sejam elas quais forem.
Camisinhas especiais e sem látex
Também é possível encontrar no mercado camisinhas especiais, que vem com diferenciais para pessoas que são alérgicas ao látex, feitas sem o material em sua composição. Além disso, você pode optar por opções que trazem pequenas bolinhas na parte interna ou externa, para um estímulo extra do pênis ou canal vaginal.
Como colocar camisinha
Para colocar a camisinha feminina: dobre a argola interna ao meio e insira pelo canal vaginal. Com cuidado, empurre toda a extensão do produto para dentro, até que a argola externa cubra perfeitamente os grandes lábios. Após a relação, segure e torça a segunda argola e remova o preservativo com muita delicadeza.
Para colocar camisinha masculina: coloque o preservativo na cabeça do pênis ereto e rígido. Se não for circuncidado, primeiro puxe a pele para trás. Aperte a ponta do preservativo para eliminar o ar. Desenrole o preservativo cobrindo todo o pênis.
Quando usar a camisinha?
A camisinha deve ser usada em todo e qualquer tipo de relação sexual. “A camisinha funciona não apenas como método contraceptivo, mas também – e não menos importante – como proteção contra infeções sexualmente transmissíveis. Ela impede o contato direto de mucosa com mucosa e também a troca de fluidos”, explica Henrique.
Assim, além de ser uma forma eficaz de prevenir gravidez não planejada, o preservativo é uma das melhores formas de prevenção contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O seu uso regular pode ajudar a proteger tanto o indivíduo quanto o seu parceiro sexual, mantendo a saúde sexual e o bem-estar de ambos.