O sexo faz parte da vivência humana. Além da reprodução, esse é um mecanismo que traz inúmeros benefícios para a saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico, a redução de riscos de câncer e a melhora do humor. Ele pode, inclusive, ser considerado um exercício aeróbico, já que estimula os 657 músculos do corpo.
O que acontece quando paramos de transar?
Segundo a sexóloga Camila Gentile, o corpo e a mente respondem à mudança. “Um dos principais sinais é a ansiedade criada pelo desejo insatisfeito, que evolui para uma depressão do sistema imunológico e, posteriormente, do sistema nervoso central.”
“O paciente se sente mais vulnerável, sua autoestima cai e seu corpo fica fisicamente mais fraco, o que estimula o aparecimento de doenças bacterianas, viroses e até mesmo infecções generalizadas”, explica a especialista
Para as mulheres, a falta de sexo pode levar à diminuição da lubrificação vaginal e da elasticidade da musculatura da região pélvica, especialmente com o avanço da idade, o que pode causar desconforto nas relações futuras.
Já para os homens, a ausência de estímulo sexual pode influenciar a ereção, aumentando a chance de disfunção erétil. “Isso acontece pois há a redução da irrigação sanguínea na área íntima. Em alguns casos, ele pode ser acometido por atrofia peniana, que pode levar ao encurtamento do membro”, conta Gentile.
Quando devo me preocupar?
Vale destacar que deixar de fazer sexo não significa necessariamente prejuízos severos. Existem outras formas de obter benefícios semelhantes, como a prática de exercícios físicos, meditação e atividades que promovam bem-estar emocional.
“Isso vai depender de cada um. Algumas pessoas podem ficar longos períodos sem transar e não ter nenhuma variação emocional, enquanto outras podem desenvolver esses desconfortos”, relata a especialista. “Na dúvida, procure um médico.”
Como detectar a abstinência?
Um dos primeiros sintomas é a irritabilidade, pois o orgasmo – sozinho ou acompanhado – libera muitos hormônios como dopamina, endorfina e ocitocina, responsáveis pelo bem-estar.
O tempo que configura abstinência, no entanto, pode variar de acordo com o estilo de vida sexual da pessoa. “Alguém que tem uma vida sexual ativa, por exemplo, de ao menos três encontros por semana, começa a sentir os primeiros sinais de sofrimento depois de cerca de 30 dias sem sexo”, argumenta Gentile. “Já para aqueles que mantêm relações mais espaçadas, a cada 15 ou 20 dias, ter um hiato de três a quatro meses não é preocupante.”
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