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A vida é agora

A coluna de Histórias de Terapia conta a aproximação de um casal improvável

Por Histórias de Terapia
18 dez 2025, 08h00 •
História de amor
A vida é agora, e Malu está viva para provar   (ArthurHidden/Freepik)
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  • O amor de Malu e Júnior começou em um curso de meditação. No último dia de aula, na hora do amigo oculto, ela tirou o nome dele e, junto com o presente, veio a ocasião para a troca de números.

    Ele mandou mensagem em seguida, convidando Malu e a filha para uma exposição. Ela achou o convite charmoso, mas recusou. Ele insistiu, dessa vez para um espetáculo de circo grego, e ganhou outro “não”. 

    Júnior se afastou, mas a lembrança permaneceu. Tanto que Malu acordou assustada de um sonho com ele. Mandou uma mensagem e voltou a dormir. Duas horas depois, achando que tinha sonhado com o envio, veio a resposta: “Relaxa, aqui já são 11 da manhã”. Ele estava na Bélgica, e foi assim, com fuso horário no meio, que os dois ajustaram os ponteiros e retomaram contato.

    Júnior era cidadão do mundo. Economista, morou quase vinte anos fora do país, fez mochilão, dormiu em templos, atravessou a Índia de carona e trabalhou em projetos sociais na África. Para uma aquariana criada entre limites e silêncio, ele era a revolução.

    Durante meses, trocaram fotos, risadas e confidências. Quando ele voltou ao Brasil, convidou Malu para um suco — e dessa vez ela foi! O papo fluiu fácil, falaram de tudo: dos medos, das viagens, das crenças. Quando se despediram, ficou um gostinho de algo a mais.

    Um mês depois, de volta de uma viagem de trabalho, Júlio a convidou para jantar em casa. Malu lembra do cheiro da comida, da luz baixa, da voz dele dizendo: “Você combina com a minha casa”. O beijo veio no encontro seguinte, no terraço, sob a lua cheia. 

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    Um fim de semana no interior selou a relação. Entre risadas e promessas, Júnior lhe entregou as chaves de seu lar. Malu achou que era brincadeira: tinha uma filha, uma vida estruturada, não dava para se mudar de repente. Só que dias depois, o mundo inteiro parou.

    Veio a pandemia de Covid-19, em 2020, e ela foi morar com ele. Enquanto o mundo todo se distanciava, os dois se fundiam num só. A rotina se encaixou e o amor se organizou. Durante meses, a casa foi o oposto do caos do mundo lá fora. Ali dentro, tudo fazia sentido para a família que se formava. Até 1º de setembro de 2020.

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    Apesar de pouco discutida, as relações unilaterais são conhecidas por serem um dos motivos mais comuns que levam ao fim de relacionamentos (Pexels/Pexels)

    Naquela noite, trocaram cartas de amor, fizeram planos e escolheram o local do casamento. No dia seguinte, tudo acabou. Malu estava na casa dos pais, quando Júnior ligou, dizendo que estava passando mal. Ela correu mas não deu tempo. Uma dor forte, uma ambulância, a urgência de uma cirurgia… até chegar a frase que ninguém está preparado para ouvir: “Ele lutou, nós fizemos de tudo, mas ele não resistiu.” 

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    Um homem saudável, de 40 anos, que na véspera fazia o jantar, simplesmente não estava mais ali. Uma artéria se rompeu. A partir daquele momento, ela precisava encarar que só existia um futuro sem o Júnior.

    Diante dessa dor, ela tatuou no braço a frase dele de todas as manhãs: “A vida é agora.” Virou um mantra que passou a guiar Malu nas decisões, no recomeço, no novo amor que chegou um ano depois. No meio de tudo isso houve medo, culpa, hesitação, mas também uma certeza: o amanhã não existe.

    Cinco anos já se passaram desde a morte de Júnior, mas Malu o revive com ternura. O amor que repartiram é uma estrutura para ela. Malu vive diferente, respira diferente, ama diferente, e tudo isso porque Júnior, de alguma forma, ainda está ali. E, cada vez que ela lê a frase no braço, entende mais o que ele dizia. A vida é agora. E ela está viva para provar.  

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