Seja por motivos familiares, culturais ou religiosos (ou todos juntos, por que não?), muitas pessoas não estão conseguindo se expressar sexualmente. Quem comprova a teoria é a plataforma Gleeden — principal site e aplicativo de encontros extraconjugais e relações não monogâmicas do mundo. Após realizar um levantamento com usuários da América Latina, a empresa concluiu que 45% dos heterossexuais já pensaram em ter um relacionamento homossexual.
A pesquisa vai além: 20% dos heterossexuais dizem já ter transado com pessoas do mesmo sexo e 70% acham que, se não fossem as normas sócio-culturais, todos seriam bissexuais (em contrapartida, apenas 10% dos entrevistados se declararam parte desta bandeira).
De acordo com Laia Cadens, psicóloga da plataforma, há inúmeros fatores que justificam esses dados, sendo a identificação da própria sexualidade, a curiosidade e a necessidade de experiências sexuais mais diversas, os maiores deles.
“Os aspectos socioculturais têm muito impacto nisso, uma vez que 70% afirmam que, se não houvesse barreiras sócio-culturais, todas as pessoas poderiam ser bissexuais”, comenta sobre o relatório oficial.
Mídia contribui para uma maior abertura
Mariona Gabarra, sexóloga do Gleeden, explica que os retratos cada vez mais positivos e autênticos de relacionamentos queer em filmes e séries contribuem para essa mudança cultural importante.
“Por fim, é relevante destacar o papel dos jovens, que protagonizam essa mudança, sendo mais abertos e honestos sobre suas identidades sexuais e de gênero. Isso ajuda a criar um ambiente mais acolhedor e seguro para aqueles que vivenciam experiências semelhantes”, declara Gabarra.