À frente da Casa Fasano, Patrícia Filardi tornou-se referência em eventos e buffet no país
A profissional celebra quase três décadas de história com a mesma paixão por serviço, hospitalidade e boa mesa que marcaram sua trajetória
Há trajetórias que parecem seguir um roteiro próprio, como se cada passo estivesse discretamente preparado para o que viria depois. A história de Patricia Filardi com o universo dos eventos é uma dessas — construída com intuição, curiosidade e um senso de acolhimento que ela já carregava antes mesmo de saber que faria disso uma profissão.
Formada em publicidade, não planejava trabalhar com festas e sequer imaginava que esse seria um caminho possível. Seu primeiro contato com o setor aconteceu quase por acaso, quando começou a trabalhar na Casa das Rosas, ainda no início da carreira.
“A casa tinha acabado de ser inaugurada e a gente fazia muitos coquetéis de lançamento de exposições. Como era pequena, eu fazia um pouco de tudo e comecei a entrar nessa área”, conta ela, que atuou no clássico casarão paulistano sob a direção de Cláudio Tozzi.
A vocação, porém, já se insinuava em gestos do cotidiano. Patricia sempre gostou de receber, de criar arranjos criativos e de pensar nas mesas dos aniversários dos filhos.
“Eu fazia tudo: as flores, as festas das crianças, o bolo. Minha irmã sempre dizia: ‘Você tem tanto jeito, devia trabalhar com isso’”, recorda. Entre uma fase e outra da vida, a ideia de transformar o talento natural em negócio veio de uma amiga próxima — Andrea Fasano, filha de Fabrizio Fasano, empresário que consolidou o legado da família no setor de gastronomia e hospitalidade no Brasil.
“A Andrea quebrou o pé, foi até meu marido, que é ortopedista, e perguntou sobre mim. Ele respondeu que eu estava precisando voltar a trabalhar. Ao que ela me propôs: ‘Então vamos abrir um buffet’. Foi assim que começou.”
Em 1997, as duas fundaram o Buffet Fasano, quando o setor ainda engatinhava. Começaram com pequenos jantares em casas de clientes, cuidando de tudo: “Eu mesma fazia as flores, montava as mesas, toalhas. A gente cuidava da festa como um todo.”
Nos anos seguintes, o negócio cresceu junto com o mercado de luxo em São Paulo. Em 2004, a dupla inaugurou o primeiro espaço fixo, quando o restaurante Fasano, da Haddock Lobo, se transferiu para o Hotel Fasano. “A gente pensou: ‘E se fizermos ali um lugar para festas?’ E deu certo, foi um supersucesso.” Assim nasceu a marca que logo se tornaria referência nacional.
Serviço, gastronomia e propósito
Nos anos seguintes, Patricia acompanhou a transformação da indústria. “O mercado era menos segmentado. Hoje tem quem faça só docinho, só toalha, só flor, só mobiliário”, observa. A segmentação trouxe sofisticação, mas também exigiu um novo olhar sobre o atendimento. “O serviço é fundamental e melhora todo o restante. Às vezes você come bem, mas se o atendimento não é bom, a impressão não é boa. E o contrário também ocorre.”
A atenção aos detalhes e ao acolhimento é parte do DNA da marca, assim como a cozinha. “Não somos um espaço de eventos, mas um serviço de buffet com espaço próprio”, afirma, reforçando a essência gastronômica que simboliza o Fasano desde a origem.
Aos 62 anos, Patricia segue à frente da operação, agora instalada na Casa Fasano da Usina São Paulo, às margens do rio Pinheiros. O novo endereço recebe até 800 convidados e consolida uma virada para a empresa, que passa por uma nova fase desde outubro de 2024. “É uma marca com quase 30 anos, mas que vive também um novo começo, num espaço novo, numa área nova da cidade”, diz.
Com a mudança, o empreendimento integra o grupo JHSF. Andrea Fasano, cofundadora, se aposentou, e Patricia Filardi, que participou da criação, foi convidada a permanecer como diretora da nova fase. “Um dos pedidos [ao assumir o cargo] foi para que a equipe principal continuasse comigo. Trabalhar com eles me faz sentir que ainda é nosso espaço”, diz.
Mesmo com a transição, ela se sente parte essencial da história que ajudou a construir. “Sou coautora dessa trajetória. Estar aqui, com as mesmas pessoas, me faz sentir como se ainda fosse meu”, resume.
A vitalidade com que fala do trabalho é uma assinatura. “Sou muito ativa. Ser uma mulher de 62 anos que agrega conhecimento e experiência, me deixa feliz. É bom para a cabeça e para o corpo”, afirma. E brinca: “Me sinto muito bem. Veremos até quando vão me querer (risos)”.
Um menu de celebrações
Para o fim de ano, Patricia, com a expertise do chef Vicente Nascimento, apresenta um menu especial. A proposta é leve, pensada para o clima do verão e de celebrações.
“Queria algo delicado, refrescante: um tartar, saladas generosas com grãos e uma maionese, com o frescor da lagosta. Coisas do dia a dia de buffet que surpreendem na ceia de Natal”, explica.
Nas entradas, há salada de cevadinha, quinoa e arroz selvagem com castanhas, damascos e sementes de romã, além de lobster roll com folhas verdes e tartare de salmão al minuto, com sour cream e batatas douradas. Entre os principais, robalo grelhado com molho de vinho Pinot Grigio, dill fresco e ovas, além de carré de cordeiro ao molho de cerejas com risoto.
Para sobremesa, tiramisù, profiteroles com chocolate belga e caramelo e o festivo Bûche de Noël, com creme de avelã e marshmallow. Na cozinha, os insumos são in natura. “Massas, pães, doces, tudo é produzido aqui, incluindo carnes e peixes”, conta.
marshmallow (Bruno Geraldi/CLAUDIA)
A proposta traduz respeito à tradição, técnica e comida sem artifícios. “Nossa apresentação é clássica. Sem invencionice nem rococó. Comida é para ser boa, bem feita e bem apresentada.”
“Me sinto bem, cheia de energia. Acho que as pessoas da faixa dos 50 e 60 anos têm muito a agregar, muito valor a dividir”
Patrícia Filardi
Com quase três décadas dedicadas à arte de celebrar, a profissional fala do trabalho com serenidade e paixão. “Evento não tem dia depois”, diz. “Uma noiva não vai casar de novo porque a comida não ficou pronta. Tem que acontecer.” Essa consciência a mantém em movimento. “Me sinto bem, cheia de energia. Acho que as pessoas da faixa dos 50 e 60 anos têm muito a agregar.”
De certo modo, sua trajetória confirma a intuição de quem disse que ela levava “jeito para isso”. O tempo mostrou que era verdade. Hoje, Patricia segue provando, à frente da Casa Fasano, que talento e propósito amadurecem bem juntos.
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